Meninas de 10 e 12 anos saem para ir à escola e somem na Baixada Fluminense
Por Redação Publicado 1 de abril de 2015 às 16:37

Duas meninas, moradoras do bairro Coelho da Rocha, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, desapareceram nesta terça-feira após saírem de casa para ir à escola. Ana Beatriz Alcântara da Silva Matos, de 10 anos, e Adriely Pereira Torres, de 12, saíram por volta das 7h30m, vestindo uniforme do Colégio Unidade Integrada do 2º grau. Cerca de uma hora e meia depois, as famílias receberam telefonemas da direção da escola, perguntando o motivo de as garotas terem faltado.

– Desde então, a nossa vida é procurar sem parar. A mãe dela (a dona de casa Ana Cláudia Alcântara, de 26 anos) está percorrendo hospitais. A gente ouviu comentários de que elas foram vistas conversando com um homem mais branco e alto, mas não conseguimos confirmar – disse o chef de cozinha André Luís Cardoso, de 42 anos, padrasto de Ana Beatriz.

Segundo ele, que cria a menina desde que ela tinha apenas 2 anos, Ana é precoce e, por isso, foi proibida de entrar em redes sociais:

– Ela não tem nem a senha do Facebook dela. Achamos melhor tirar. Ela está crescendo, é uma menina bonita.

As duas meninas saíram de casa juntas para irem à escola
As duas meninas saíram de casa juntas para irem à escola Foto: Álbum de família

André explicou que a medida foi preventiva. De acordo com o chef de cozinha, Ana nunca se envolveu em confusões nem fugiu de casa.

– Não houve briga, não houve discussão. Nada. Não sumiu roupa em casa nem dinheiro. Estava tudo transcorrendo normalmente até que isso aconteceu. Eu peço para que, se ela estiver escondida em algum lugar, volte para casa. Estamos aqui, de braços abertos, esperando. Nós só queremos conversar – disse ele.

Já a prima de Adriely, a balconista Rosana Torres da Costa, de 23 anos, disse que também não houve problemas familiares envolvendo a menina. Ela também teve a conta do Facebook confiscada e tinha uma educação rígida em casa.

– Era da escola para casa e de casa para a escola. Tiramos até o celular dela. A gente sempre teve medo de alguma coisa ruim acontecer – disse Rosana.

Os parentes de Adriely já ouviram amiguinhos dela e de Ana, mas nenhum deles sabe o que pode ter acontecido. A única informação que a prima acha ser consistente é em relação ao homem com quem as duas teriam sido vistas:

– Tem vários informes de que elas foram vistas aqui e acolá. Parecem boatos. Mas mais de uma pessoas já falou desse homem. Estamos vasculhando o Facebook dela para ver se tem alguma referência a alguém com essas características lá. Temos muita fé em Deus de que tudo vai terminar bem.

As duas famílias registraram os desaparecimentos na 64ª DP (São João de Meriti).

Fonte:Extra