Caminhoneiros protestam contra reajuste de combustíveis na BR-163
Por Redação Publicado 18 de fevereiro de 2015 às 14:24

caminhoneiros - Cópia (2)

Por Paula Soprana

Mobilização já é registrada em pontos de Mato Grosso, Paraná e Rondônia

Caminhoneiros bloqueiam, desde as 8h desta quarta, dia 18, trechos da BR-163 em diferentes regiões do país. Eles protestam contra o reajuste de combustíveis, que impacta diretamente os valores de frete.

Há registros de paralisação entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, em Capitão Leônidas Marques, no Paraná, e em Vilhena, Rondônia. O protesto é organizado por transportadoras e caminhoneiros. A BR-163 é uma das principais rotas de escoamento da safra de grãos brasileira.

De acordo com o presidente da Câmara dos Vereadores de Lucas do Rio Verde, Dirceu Cosma, cerca de 1 mil pessoas participam da paralisação e veículos geram congestionamento de cerca de cinco quilômetros na saída do município. A previsão é de que até o final da tarde, os municípios de Sorriso e Sinop também sejam fechados, assim como Cuiabá e Rondonópolis, a partir de amanhã. Até sexta, dia 20, a paralisação pretende atingir todo o Estado do Mato Grosso. A BR-364 já está fechada há alguns dias, assim como a MT-358.

As alíquotas de PIS e Cofins subiram R$ 0,22 por litro para a gasolina e R$ 0,15 para o diesel no dia 1° de fevereiro. A reintrodução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) passa a vigorar  em 1° de maio, quando a alíquota de PIS e Cofins terá um recuo na mesma proporção, de forma que o aumento total de tributação para combustíveis seja mantido no valor citado. A Cide foi reduzida no passado para evitar que aumentos de combustíveis pela Petrobras aos distribuidores chegassem na bomba para o consumidor.

Valores mais altos do diesel provocam taxas mais altas de frete, elevando a competitividade do transporte ferroviário ante o rodoviário. O diesel representa cerca de 60% dos custos do frete por rodovias e é o principal combustível utilizado pela agricultura, desde o transporte com calcário e fertilizantes, custo de produção dos produtores, até o transporte dos grãos.

Impacto

Logo que as medidas de reajuste foram anunciadas pelo governo federal, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) calculou que o impacto da cobrança de impostos sobre o preço do diesel poderia gerar um custo de R$ 273,75 milhões para os produtores de soja e milho de Mato Grosso. O frete no Estado, segundo a entidade, deverá ser reajustado em 2,7%.

Com a elevação no preço do diesel, o instituto preveu que o custo total de produção da soja poderia aumentar 0,25%, correspondendo a uma elevação dos gastos dos produtores de R$ 51,1 milhões. Para o milho, a elevação deveria chegar a 0,18%, com impacto de R$ 9,48 milhões.

Crédito: Edvaldo Motta/Rádio Hawai

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