
Uma verdadeira embarcação viking parou os pés do genial Lionel Messi e companhia. A Islândia fez jus ao título de ‘a grande surpresa’ desta Copa do Mundo, não se deixou levar pelo peso da camisa azul e parou a poderosa Argentina na sua partida de estreia em Copas do Mundo. Os argentinos foram superiores, conforme o esperado, e dedicaram a maior parte dos 90 minutos em persistentes ataques, mas a muralha branca foi mais resistente e conseguiu resistir à pressão perfeitamente.
O livro de crônicas do futebol mundial ganhou outro capítulo importante no jogo deste sábado (16): o dia em que o goleiro Halldórsson pegou um pênalti de Lionel Messi. E o erro do atacante argentino, ou a defesa brilhante do arqueiro viking, custou cara para a Argentino, que poderia ter saído de campo com a vitória. O empate, 1 a 1, foi só celebrado pelos europeus, quase que como se fosse uma vitória, aliás, talvez tenha sido essa a sensação.
Com o empate, a situação no Grupo D da Copa do Mundo fica bem embolada. Argentina e Islândia tem um poncho e aguardam o resultado do jogo entre Croácia e Nigéria, na tarde de hoje (noite lá na Rússia). Na próxima semana, os Hermanos enfrentam a Croácia no dia 21 e os vikings jogam contra a Nigéria, no dia 22.
O jogo
A Argentina teve 80% da posse de bola, trocou muitos passes, abusou de todos os espaços do campo, criou jogadas perigosas, arriscou incontáveis chutes, mas só uma vez conseguiram balançar as redes.
As primeiras chances saíram de Messi, que conseguiu se desvencilhar da marcação dobrada e obrigar o goleiro a fazer boas defesas.
Aos 19, chute errado de Di Maria encontrou Agüero na área e ele desperdiçou, abrindo o placar.
A impressão, a partir daí, era de que o jogo acabaria numa goleada, mas não. Aos 23, os vikings viram espaços nas laterais, cruzaram a bola de um lado para o outro, e após rebote do goleiro argentino Cabellero, Finnbogason empatou.
No segundo tempo, Meza sofreu pênalt e Messi bateu no canto direito, mas parou no goleiro Halldorsson.
A defesa branca da Islândia conseguia interceptar todas as jogadas de Messi e cia. Chutes perigosos, faltas na entrada da área, nada conseguia atingir a meta.
No final, com a Islândia inteiramente recuada, os argentinos investiram e colocaram cinco atacantes em campo. E o muro de gelo foi resistente até o fim, aguentando os chutes firmes de Agüero, Pavón, Messi e Higuaín.