AJE/MS vai lançar programa para incentivar abertura de empresas
Por André Farinha Publicado 10 de outubro de 2017 às 10:30
Secretário Jaime Elias Verruck e o presidente da AJE/MS, Sullivan Vareiro assinam o convênio para implantação do Programa Minha Primeira Empresa

Preparar o empreendedor para dar início à formalização de sua empresa. Este é o principal objetivo da Associação de Jovens Empreendedores de Mato Grosso do Sul (AJE/MS) ao desenvolver o programa ‘Minha Primeira Empresa’. A iniciativa venceu um chamamento público realizado pelo Governo do Estado e, na última quinta-feira (05), assinou o Termo de Cooperação com a Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico (SEMADE), no valor de R$ 264 mil, para dar início ao projeto.

De acordo com o presidente da AJE/MS, Sullivan Vareiro Bráulio, o programa visa fomentar a livre iniciativa de futuros novos negócios no Estado e a formalização de empreendedores que ainda são informais. Ao todo, serão ofertadas 500 vagas nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas e a pretensão é instituir até 300 CNPJ ao término da capacitação.

“O ‘Minha Primeira Empresa’ está dividido em duas etapas. Na primeira, os participantes inscritos participarão de um curso com carga horária de 12 horas/aulas onde terão lições sobre a inicialização no empreendedorismo. A partir deste, 60% dos participantes serão selecionados para a segunda fase, que consiste na formalização do plano de negócio e a eventual abertura da empresa.”, explica Sullivan.

De acordo com o presidente, os participantes serão analisados e passarão por um teste de perfil empreendedor, que será feito por uma psicóloga. Também haverá uma avaliação de desempenho. “Através deste teste, a psicóloga verá se o candidato tem mesmo o perfil empreendedor e, somando isso a outros critérios de avaliação, nós teremos a pontuação final e a definição dos participantes que seguirão para a segunda fase do programa.”.

Sullivan comenta que a seleção de 60% da turma inicial é necessária para saber quem realmente tem a pretensão de investir e abrir a própria empresa, como manda o fundamento do programa. “Através da seleção nós vamos saber quem está no curso apenas para adquirir conhecimentos e quem realmente tem um plano de negócio para investir. A ideia é que o participante tire o seu negócio do papel e o coloque em prática.”, justificou.

Após o processo de avaliação deverão continuar no programa 300 projetos empresariais, sendo 150 em Corumbá, Três Lagoas e Dourados e mais 150 na Capital. “Nós queremos beneficiar quem realmente precisa e tem o interesse real de se tornar empreendedor.”, acrescenta o presidente da AJE/MS. “A nossa ideia é que o participante termine o programa com a sua empresa formalizada.”, complementou.

Entre outras coisas, o programa vai trabalhar como o empresário pode fazer para diminuir as dificuldades que tanto atrapalham o setor empresarial no país. “O insucesso, principalmente daquela indústria que fecha as portas nos dois primeiros anos, é a falta de planejamento. Por isso, a segunda fase é para que a pessoa coloque no papel o planejamento da sua empresa, para que tenha a noção de que vai precisar de capital de giro pelo menos nos seis primeiros meses, e também a questão tributária, tendo em vista que muitas vezes a pessoa não tem conhecimento e se assusta com a alta carga de impostos. Nós vamos abordar as formas para tentar minimizar essas dificuldades que o Brasil coloca para o empreendedor.”.

Ainda segundo Sullivan, um dos diferenciais do programa ‘Minha Primeira Empresa’ é que, após a capacitação, os novos empresários permanecerão sendo assistidos pelos coordenadores durante os próximos dois anos. “Nós vamos dar todo o suporte e iremos acompanhá-lo para ver se está conseguindo cumprir com o seu plano de negócio e sanar eventuais dúvidas tributárias e jurídicas que surgirem. Outra coisa que estamos planejando são as rodadas de negócios. Queremos promover duas rodadas de negócio, onde o participante poderá conversar com empresários e fazer a troca de ideias.”.

A expectativa é que o programa abra as inscrições em Dezembro e que as atividades sejam iniciadas em Fevereiro. “Nosso próximo passo agora é elaborar o material didático do programa, depois iremos fazer a divulgação das datas e do evento em si. Acredito que essa parte de programação dure, pelo menos, até o final de Novembro e, em Dezembro, nós deveremos lançar oficialmente e abrir o prazo para inscrições da primeira turma, que deve iniciar as atividades em Fevereiro.”, finalizou.