A Câmara Municipal deverá criar uma Comissão Especial para acompanhar os estudos do Consórcio Guaicurus e da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos e Delegados) que definirão o novo valor do passe de ônibus na Capital. Nesta semana, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) confirmou que o levantamento de custos do serviço de transporte público já está sendo realizado pelo órgão municipal.
O assunto foi tema de debate na sessão ordinária desta quinta-feira (05) da Câmara Municipal. Os vereadores questionaram a contrapartida que o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do serviço, está devolvendo aos usuários do transporte coletivo.
O vereador João Rocha (PSDB), presidente da Câmara, aproveitou para anunciar que vai convocar o Consórcio para dar explicações sobre a composição da tarifa. Outros vereadores usaram a Tribuna para apontar uma série de reclamações dos usuários, como a falta de água, iluminação e segurança nos terminais de transbordo, além de veículos sucateados.
O valor do passe de ônibus na Capital, atualmente, é de R$ 3,55. O último aumento foi aplicado em dezembro de 2016, quando a tarifa custava R$ 3,25. “O reajuste é contratual, temos de ver os valores ainda, Agereg está analisando junto com o Consórcio Guaicurus”, comentou o prefeito, na quarta-feira, dizendo ainda que a expectativa é que o aumento seja inferior a 10%.
Incentivos fiscais.
Em março deste ano, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei Complementar que concedeu a isenção de ISSQN para o transporte público coletivo. Na época, o acordo de isenção fiscal previa a contrapartida do Consórcio Guaicurus, que deveria reformar os nove Terminais, além de instalar 100 novos pontos de ônibus cobertos e com assento.
No entanto, passados os seis meses, pouquíssimo foi realizado pelo Consórcio Guaicurus nos terminais de ônibus. O que se viu no período foram pinturas, inclusive em alguns terminais só foram iniciadas, e a troca de luminárias, também não por completo.
Outra novidade que chamou a atenção dos usuários foi a contratação de uma empresa de segurança particular que faz, unicamente, a segurança dentro das cabines de entrada e venda de passagens dos terminais. Também foi instalada cerca-elétrica em alguns terminais.
O Consócio Guaicurus chegou a comprar 90 novos veículos para modernizar a frota, nenhum destes articulados e apenas três com ar-condicionado. Porém, ao invés de aumentar a quantidade de ônibus circulando, veículos antigos foram retirados das ruas, mantendo o mesmo número de carros que atendem a população.