
O ataque no show de música country, em Las Vegas (EUA), foi uma resposta do Estado Islâmico (EI) às ações de coalização internacional liderada pelos americanos na Síria e no Iraque contra o grupo jihadista. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (02) pela agência de notícias Amaq, ligada aos terroristas. O Governo dos Estados Unidos diz que não se pode comprovar a autenticidade do comunicado.
O atentado já é considerado o maior envolvendo disparos de arma de fogo da história do país. Mais de 50 pessoas morreram e pelo menos 500 ficaram feridas. O autor do massacre, identificado como Stephen Paddock, foi apontado pelo EI como sendo um de seus soldados. O homem tinha 64 anos e se suicidou após cometer o massacre, segundo a polícia. Ele teria se convertido ao Islã há poucos meses.
O ato aconteceu já no final do festival ‘Route 91 Harvest Festival’, na noite deste domingo (1º), quando o cantor Jason Aldean iniciava a sua última música. Pelo menos 22 mil pessoas estavam no local no momento do atentado. Como não sabiam de onde estavam vindos os tiros, a multidão se abaixou, alguns tentaram escapar da área engatinhando.
O atirador efetuou os disparos da janela de um quarto situado no 32° andar do hotel Mandala Bay, na principal avenida da cidade e que ficava de frente para o local onde o show acontecia. O homem estaria hospedado desde o último dia 28. No quarto, a polícia encontrou 10 rifles e vários pentes de diferentes calibres.
O irmão do atirador, Eric Paddock, disse em entrevista à imprensa que não tinha ideia de que Stephen cometeria o ato e nem ao menos da sua ligação com o EI. Jornais apontam que Stephen Paddock era contador público, já aposentado e com 64 anos. Ele era considerado um sujeito normal, sem histórico de violência, e que desde 2015 vivia em um aprazível campo de golfe na cidade de Mesquite, Nevada. O homem tinha uma licença de piloto e permissão para caça de animais de grande porte, válida para o território do Alasca.
Apesar de o comunicado apontar para a ligação do homem com o EI, autoridades dos EUA descartam a hipótese e apontam que não foram encontradas evidências que comprovem a informação. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou o ataque “um ato de pura maldade”. Ele também prestou condolências às vítimas e às famílias “no terrível tiroteio em Las Vegas”. “Deus abençoe vocês”, afirmou no Twitter.