Com 445 animais vivendo no Parque dos Poderes e no Lago do Amor, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a reprodução das capivaras em Campo Grande está descontrolada. A alta quantidade dos animais silvestres preocupa especialistas em saúde pública, que temem a formação de uma ‘superpopulação’. O assunto foi colocado em pauta na Câmara Municipal, nesta terça-feira (26), pelo vereador Veterinário Francisco (PSB).

O parlamentar recomendou a castração em massa das capivaras. E salientou o risco à saúde que elas trazem através do carrapato e de doenças como a Febre Maculosa, comum durante os meses de junho a outubro, quando os carrapatos estão mais ativos. “Temos que começar a pensar em parcerias com as universidades, com a PMA e o CRAS para o controle da natalidade”, disse, durante sessão ordinária.

Francisco também citou que outras cidades do país já tomaram ou estão tomando a mesma iniciativa para o controle da natalidade dos animais silvestres. Considerado o maior roedor do mundo, a capivara pode pesar até 91 kg e medir até 1,2 m de comprimento e 60 cm de altura. O animal é o mais encontrado nos centros urbanos do Brasil e de vários outros países do Continente Latino-Americano, sendo o seu habitat natural rios, lagos e pântanos.

Febre Maculosa

A Febre Maculosa, também conhecida como Febre do Carrapato, é uma doença infecciosa aguda que acomete o homem e diversos animais. Apesar de não ser muito comum, o número de casos tem aumentado desde o ano de 1996, principalmente na zona rural dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A única forma de transmissão da doença é através da picada do carrapato, após ficar fixado no hospedeiro por um período que varia de 4 a 6 horas, ficando incubado por cerca de 2 a 14 dias.

Os sintomas mais característicos da febre maculosa são: febre de moderada a alta, podendo durar de 2 a 3 semanas; fortes dores de cabeça; dor no corpo; calafrios; edema dos olhos e conjuntiva.