Polícia esclarece homicídio que vitimou agressor da própria mãe
Por Redação Publicado 26 de setembro de 2017 às 11:47

A Polícia Civil, através de investigação por equipes da 4ª Delegacia (Moreninhas), esclareceu o homicídio ocorrido na madrugada do último dia 3, na Rua Ernesto Antônio, Loteamento Cristo Redentor, em Campo Grande. No local, Adriano Martins Moreira Primo (28), foi morto com tiro no peito direito, sendo o corpo encontrado na cozinha da casa. Conforme relato da mãe da vítima, Adriano era usuário de drogas, agressivo e naquela noite estava muito nervoso e em ataque de fúria encurralou a mãe no quarto, exigindo que ela lhe desse dinheiro para comprar drogas. Ela conseguiu se desvencilhar e se trancar no banheiro, onde ficou por algum tempo.

Quando ela decidiu sair do local Adriano passou a arremessar copos contra a mãe, exigindo a entrega de mais dinheiro, embora ela já tivesse feito isso naquele dia. Temendo por sua integridade física, saiu correndo para fora da residência, porém, seu convivente Anderson Fernandes Vieira (43), permaneceu no local. Enquanto ela se deslocava a pé na direção da residência de seu irmão o marido a alcançou de bicicleta e disse que fizera uma desgraça, indo embora para lugar ignorado. A mulher retornou para sua casa em companhia do irmão e lá encontraram Adriano baleado.

Embora tenha sido acionado socorro, nada pode ser feito pois Adriano já estava morto, não sendo encontrada a arma de fogo, munição, projétil ou estojo. Anderson, diante de buscas promovidas pelo Setor de Investigações Gerais da 4ª DP, se apresentou à autoridade policial acompanhado de advogado, assumindo a autoria do homicídio e apresentando a arma de fogo que alega ter sido utilizada na ação, afirmando que ela pertencia a Adriano, com quem entrou em luta corporal logo após a fuga de sua convivente, momento que Adriano teria dito que iria atrás dela para matá-la.

Ao tentar desarmar Adriano, segundo o autor, a arma teria disparado e atingido o rapaz. Várias testemunhas, entre parentes e vizinhos já foram ouvidas, sendo unânimes em afirmar que Adriano era extremamente agressivo com a mãe, a quem extorquia diariamente exigindo o repasse de dinheiro, desde os 13 anos de idade, quando passou a usar entorpecentes. Não obtendo dinheiro, ele pegava objetos da residência, trocando-os por drogas. Anderson foi indiciado pelo crime de homicídio doloso, mas responderá a princípio em liberdade, ficando a cargo da Justiça definir se sua ação pode ser enquadrada como legítima defesa.