Retomada de projetos transformará Capital em um canteiro de obras
Por André Farinha Publicado 5 de setembro de 2017 às 11:43

A meta do programa Juntos por Campo Grande, lançado na segunda-feira (04) na Câmara Municipal, é destravar algo entorno de R$ 500 milhões em obras federais que estão paradas há anos por falta de contrapartida do Município. Nesta primeira etapa, o Estado de Mato Grosso do Sul liberou R$ 15 milhões (exatos R$ 14.998.511,19) em repasses para a Prefeitura, que usará o montante e outros R$ 3 milhões de recursos próprios para liberar R$ 180 milhões em projetos de infraestrutura urbana, a maior parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e financiada pela Caixa.

Segundo o prefeito Marquinhos Trad, ele esteve em Brasília juntamente com o governador Reinaldo Azambuja, várias vezes ao longo do ano, para conseguir destravar estes R$ 200 milhões em projetos federais. As frentes de obras incluem o manejo de águas pluviais no Rio Anhanduí, obras de infraestrutura no entorno do Córrego Bálsamo e pavimentação dos bairros Nova Lima, Santa Luzia, Bellinate, Atlântico Sul, São Francisco, Jardim Seminário e Mata do Jacinto.

Segundo o prefeito, este foi apenas o primeiro passo da parceria com o Governo do Estado. Na etapa 2 do programa Juntos por Campo Grande, deverão ser resgatados outros R$ 300 milhões em obras. “Nós vamos resgatar para fazer a nossa Capital progredir e desenvolver”, disse Marquinhos.

Na solenidade, também foi assinado um convênio no valor de R$ 5 milhões para aquisição do material que será usado na construção das unidades habitacionais das famílias removidas da comunidade Cidade de Deus.

Projetos destravados

Auditório da Câmara de Vereadores estava lotado durante o evento histórico em Campo Grande.

 

Com a contrapartida, serão retomadas 16 frentes de asfalto e drenagem, algumas paralisadas desde 2014 como o Parque Linear do Balsamo. Também serão iniciadas obras de drenagem e controle de enchentes do Rio Anhanduí, em processo de licitação, no trecho entre as ruas Santa Adélia e do Aquário.

Outro projeto que será retomado é a pavimentação do Bairro Nova Lima, já iniciada no mês passado. Estão sendo executados 8,75 quilômetros de drenagem e 19,38 quilômetros de pavimentação e 4,78 km de recapeamento.

Será iniciada a pavimentação do bairro Santa Luzia. Ao todo, 23 ruas serão asfaltadas em uma extensão de 9 km, sendo implantados 709 metros de drenagem e recapeados 1.748 metros de vias. No Jardim Belinatti, que foi paralisado com 31% do serviço, será concluído.

Também serão retomadas as obras para conter a erosão no Parque Sóter e de controle das enchentes em afluentes no Córrego Prosa. No Sóter, será construída uma barragens de contenção (em sistema gabião) da erosão e dragagem do lago de estabilização. No local, durante a primeira etapa das obras, foi construído um dissipador de energia (uma espécie de escadarias em concreto armado) onde desemboca a enxurrada que desce da Mata do Jacinto, onde será preciso ativar a rede de drenagem construída em 2014.

A Prefeitura construirá um piscinão (com capacidade para 500 milhões de litros) e a travessia da drenagem até o Córrego Reveillon. A Prefeitura já desapropriou a área de 3.385 metros quadrados onde será construída a estrutura que vai contribuir o impacto das enchentes na região do shopping.

Na região do Alto São Francisco, que está com 70% das obras realizadas, serão 2,179 km de asfalto, beneficiando também os bairros Vila Nilza, Jardim das Acácias, Nossa Senhora Auxiliadora e Parque das Laranjeiras, Será recapeado um trecho da Avenida Euller Azevedo, entre a Tamandaré e a Presidente Vargas.

Também serão concluídas as obras no Atlântico Sul e de três etapas do Complexo Seminário, onde já está em andamento a pavimentação do acesso ao Bairro São Caetano e à Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) pela Rua General Câmara.

Na região do Balsamo será feito o prolongamento da Avenida Rita Vieira até a Avenida Guaicurus e a aberta uma via que ligará o Rita Vieira ao Macroanel Rodoviário, na região do Itamaracá. Para retomada das obras, a Aguas Guariroba terá de remanejar uma adutora,  só possível agora com a remoção da última família que foi indenizada com a desapropriação de parte do seu terreno.

Entre os projetos destravados está o início da construção dos corredores de transportes públicos na Avenida Calógeras, trecho de 2,7 km da Mato Grosso até a Zahran; na Avenida Gury Marques, trecho de 2,26 km da Interlagos ao terminal Guaicurus; e na Rua Bahia, onde serão 1,75 km da Afonso Pena até a Coronel Antonino.