
Forças de segurança fazem, desde a madrugada desta segunda-feira (21), uma megaoperação em algumas das principais favelas da zona norte do Rio. Os agentes atuam no Jacarezinho, onde sete pessoas morreram em tiroteios nos últimos dez dias, Complexo do Alemão, Manguinhos, Mandela, Bandeira Dois, Parque Arará e em um condomínio Morar Carioca, espécie de Minha Casa Minha Vida da cidade. Até a postagem desta reportagem, 18 pessoas haviam sido presas. A ação cumpre ordens judiciais e os principais acessos às comunidades estão bloqueados.
As polícias Civil e Militar estão à frente da operação, com o apoio das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). O papel das Forças Armadas na operação é fazer um cerco à área onde ocorre a operação para impedir a fuga de suspeitos e evitar que pessoas de fora da região entrem nela e se exponham a risco. Diante da crise que o Estado enfrenta, o governo federal autorizou o uso das Forças Armadas para atuarem na segurança pública em todo o Estado.
Violência
O plano do governo federal para a segurança pública no Rio deve consumir quase R$ 2 bilhões até o fim de 2018. O número de mortes violentas no Estado no primeiro semestre deste ano (3.457) cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o pior primeiro semestre desde 2009 (3.893). O Estado também acumula um total de 97 PMs mortos neste ano, uma média de um militar morto a cada dois dias. Pouco tempo após o início da operação, um soldado foi preso acusado de repassar aos traficantes das favelas, informações sobre a ação de militares na região. Já foi apreendida grande quantidade de drogas além de vários traficantes presos.