A Chapecoense sofreu uma goleada de 5 a 0 para o Barcelona, na tarde desta segunda-feira (07), pela Taça Joan Gamper. A partida histórica para clube catarinense aconteceu no Estádio Camp Nou, em Barcelona, na Espanha, e contou com as participações mais do que especiais dos ex-jogadores Neto e Follmann e do jogador Alan Ruschel, que atuou durante a maior parte do primeiro tempo. Na área reservada à imprensa, destaque para o radialista Rafael Henzel. O quarteto é parte dos sobreviventes da tragédia ocorrida no dia 29 de Novembro de 2016, que resultou na morte da delegação do time.
Convidado para disputar a taça pelo próprio Barcelona, a Chapecoense viajou para a Espanha com a expectativa de evitar um vexame e perder por um placar absurdo. Do outro lado do campo, os donos da casa entraram com o time principal em preparação para a próxima temperada do futebol europeu. Foi a segunda atuação do clube sem o atacante Neymar – no primeiro, contra o Gimnàstic, da segunda divisão espanhola, empate em 1 a 1. O argentino Messi e o uruguaio Suárez começaram jogando ao lado de Deulofeu no setor ofensivo.
Em suma, o Barcelona foi amplamente superior ao time brasileiro. Os números finais do confronto comprovam: foram 20 finalizações dos espanhóis contra apenas quatro da Chape; o Barça teve dez chances reais de gol enquanto que os catarinenses não tiveram nenhuma oportunidade. Outro dado interessante está no número de passos certos dados pelos jogadores, os donos da casa acertaram 540 passes, já os visitantes apenas 154.
Também em partida amistosa, nesta terça-feira (08) a Chapecoense enfrentará o Lyon, às 13h (de Brasília), no Centro de Treinamento Groupama. O time segue depois para o Japão, onde decide a Copa Suruga contra o Urawa Red Diamonds, no dia 15, em Saitama. Já o Barcelona recebe o maior rival, Real Madrid, no domingo (13), às 17h, no Camp Nou. Será a primeira partida da Supercopa da Espanha.
O jogo
Como era de se imaginar, o domínio foi totalmente do Barcelona, logo aos cinco minutos de bola rolando o clube já havia perdido três chances de abrir o placar, todas defendidas pelo goleiro Elias. Aos cinco, sai o primeiro gol. Rakitic ainda aplica caneta em Luiz Otávio e coloca para Deulofeu apenas completar, sem goleiro. Aos 10, o segundo. Deulofeu recuou para Busquet, que bateu, sem marcação, e acertou o ângulo da meta.
A primeira grande oportunidade da Chapecoense no jogo veio somente aos 15 minutos, com Wellington Paulista, após ganhar de Piqué por cima, carregou a bola até próxima à grande área para arriscar de canhota, cruzado. A bola passou perto da trave esquerda do goleiro Ter Steger. E não parou por ai, aos 19 novamente o gol passo perto. Alan Ruschel cobrou falta na área e Luiz Otávio, de cabeça e sozinho, mandou para a linha de fundo.
O Barcelona voltou a marcar aos 29. Messi recebeu entre os volantes e zagueiros, girou, driblou e abriu para Deulofeu, que devolveu para o argentino marcar o terceiro do jogo. Os espanhóis poderiam ter ampliado para números ainda mais surpreendentes se não fosse a belíssima atuação do goleiro Elias, salvou por várias vezes a pontaria do ataque adversário. Aos 33, talvez a defesa mais bonita do jogo, Suárez enfiou o pé, de primeira, e o arqueiro brasileiro espalmou para longe.
No segundo tempo, após uma série de mudanças – cada time pode realizar até 11 substituições cada – o Barcelona ampliou o marcador aos 9 minutos, com Luizito, e fechou o placar aos 28, com Denis Suárez.
Aos 43 minutos, após mais uma série de substituições no jogo, um pênalti para o Barcelona. Sem problemas para o goleiro Artur Moraes, que entrou no lugar de Elias. O arqueiro espalmou o pênalti batido por Alcácer e, na sequência, após bate-rebatem a defesa conseguiu cortar. Os jogadores e a torcida celebraram muito a defesa, quase como um gol da Chape. E foi só no Camp Nou.