
Tiririca, aquele mesmo do bordão clássico ‘pior que tá não fica’, deve se afastar do mundo da política ao término de 2018, quando concluirá o seu segundo mandato de deputado federal consecutivo. O humorista declarou na última quinta-feira (03), em entrevista ao Broadcast, da Agência Estado, que está descontente com o universo brasiliense que frequenta desde 2010, quando fora eleito pela primeira vez ao receber 1,3 milhão de votos. À reportagem, ele frisou que pode não disputar a reeleição. “Do fundo do meu coração, estou em dúvida, e mais para não disputar”.
Na entrevista, o parlamentar cita que o Congresso Nacional funciona por meio do esquema do ‘eu te ajudo, você me ajuda’ e, aqueles que não fazem parte dele, acabam ficando sem espaço. “A partir do exato momento que você entra, ou entra no esquema ou não faz. É uma mão lava a outra. Eu não trabalho dessa forma.”, comentou, acrescentando que isso não vai mudar. “O sistema é esse. É toma lá, dá cá”.
Ao jornal, o deputado confessou que disputou o cargo, pela primeira vez, com a intenção de ‘fazer o seu nome’ no meio artístico, mas mudou de ideia após se tornar o deputado federal mais bem votado do país naquele ano. Em 2014, tentou a reeleição para provar que não estava de brincadeira com a coisa, conforme muitos insinuavam.
Nesses sete anos de mandato, Tiririca usou o microfone da Casa apenas três vezes e teve um único projeto aprovado, que determina a inclusão das artes e atividades circenses na Lei Rouanet. Recentemente, ao participar da sessão de votação da denúncia contra o presidente Temer, o humorista foi contra a decisão do seu partido e votou em favor da investigação. Na época do impeachment de Dilma, ele também foi favorável ao processo.
Enquanto reflete sobre seu futuro político, o humorista faz shows como palhaço. O espetáculo conta a história de vida dele e é exibido de sexta a domingo. A turnê está passando por vários estados do país e acontece sempre aos finais de semana porque de segunda a quinta-feira ele cumpre expediente no Congresso Nacional.