Tido como possível candidato a senador no pleito de 2018, o ex-governador e atual deputado federal por Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, obteve uma vitória nessa semana junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Luiz Edson Fachin, relator a Operação Lava Jato, decidiu arquivar a denúncia de ‘Caixa 2’ que teria sido promovido pelo petista nas eleições de 2004, na campanha do sobrinho Vander Loubet (PT) para a Prefeitura da Capital.

O pedido para arquivamento do caso partiu do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro Edson Fachin aceitou e determinou a extinção do caso no último dia 14 de julho, apesar da data, a decisão deve ser publicada no Diário Oficial somente no começo de agosto, depois do recesso forense.

Em reposta, o deputado Zeca do PT ressaltou que não existiam provas da denúncia feita pela publicitária. “Sempre tive confiança nisso, porque tudo que praticamos, fizemos lisura, com comportamento ético”. O petista também disse acreditar que os demais processos que tramitam em seu desfavor tenham o mesmo caminho. “Tenho convicção de que os outros processos, da JBS e o da Odebretch, também caminham para o mesmo sentido, por falta de provas o procurador deve pedir o arquivamento”, disse, via assessoria de imprensa.

O caso

A denúncia em desfavor de Zeca partiu da publicitária Mônica Moura, que é esposa do marqueteiro João Santana, durante a sua delação premiada. Segundo o depoimento dela, para quitar despesas da campanha eleitoral, Zeca do PT, que na época era o governador do Estado, teria feito repasses de caixa dois.

Mônica contou aos investigadores que seu marido e ela haviam sido contratados para fazer o marketing do PT em diversas disputas eleitorais daquele ano, entre elas a da Prefeitura de Campo Grande, que teria custado R$ 4 milhões. O montante, conforme o depoimento dela, teria sido pago, por fora, pelo Zeca do PT, com auxilio de Delcídio do Amaral (PT), hoje ex-senador.