Manifestação na sexta-feira pedirá a renúncia de Michel Temer
Por André Farinha Publicado 28 de junho de 2017 às 16:10

O país deve parar na sexta-feira (30), mais uma vez, para ir às ruas contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB). A mobilização nacional está sendo convocada por entidades de classe e sindicatos trabalhistas, que exigem a saída imediata do peemedebista do cargo. Em Mato Grosso do Sul, empregados no comércio e serviços estão sendo convocados pelas entidades representativas para participarem da manifestação.

“Não dá mais! O presidente extrapolou toda tolerância da opinião pública brasileira”, justificou Pedro Lima, presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul (Fetracom/MS), que aponta a renúncia como única saída para o presidente. A renúncia do presidente Temer decorre por conta das comprovadas denúncias do Ministério Público sobre o envolvimento dele em crimes de corrupção e formação de quadrilha.

A Federação, formada por sindicatos comerciários de todas as regiões do Estado, está convocando não apenas comerciários e trabalhadores das áreas de serviços, mas a população em geral para a mobilização e paralisação geral. “Faremos manifestações na Capital e interior, em protesto às reformas previdenciária e trabalhista que penalizam os trabalhadores. Também vamos reforçar o pedido para que ele [Michel Temer] renuncie”, completou Lima.

A Fetracom está orientando seus sindicatos filiados para que paralisem suas atividades de atendimento ao público nesse dia (30) e que engrossem as manifestações que forem feitas em cada cidade/base “em protesto a esse governo ilegítimo e impopular que tenta a todo custo aprovar reformas que precarizam o trabalho e acabam com a aposentadoria”, afirmou Pedro Lima.

O líder federativo diz ainda que não há alternativa senão pedir a renúncia do presidente para que o parlamento seja ágil na elaboração de uma emenda à Constituição da República e permita eleições diretas. A Fetracom/MS acredita também que só um novo governo poderá ser capaz de efetuar as reformas necessárias, sem entretanto, provocar tamanha perda e dor aos trabalhadores brasileiros, como as reformas que estão em tramitação no Congresso Nacional, hoje, proporcionariam.