Piloto e copiloto de avião interceptado, negam ter decolado da fazenda de Maggi
Por Redação Publicado 27 de junho de 2017 às 09:58

Piloto e copiloto de aeronave interceptada domingo (24) pela FAB com mais de 600 quilos de cocaína no interior de Goiás, foram presos pela Polícia Federal, no início da noite de segunda-feira (26). Identificados como Apoena Índio do Brasil, piloto e Fabiano Júnior da Silva, copiloto, alegaram que trouxeram a droga da Bolívia, ao contrário do que foi divulgado pela Força Aérea Brasileira (FAB), de que teriam decolado da fazenda Itamarati Norte, em Campo Novo dos Parecis, arrendada para a empresa Amaggi, da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Ainda segundo as informações, os presos que foram localizados na cidade de Itapirapuã, cerca de 40 km de Jussara, onde realizaram o pouso forçado, contaram que tinham como destino o município goiano. Os dois foram transferidos na madrugada desta terça-feira (27) para a Superintendência da Polícia Federal, em Goiânia. Aeronave foi interceptada em operação conjunta entre a FAB e o Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), da Polícia Militar do estado, na zona rural de Jussara, na tarde de domingo (25). Piloto e copiloto fugiram e vinham sendo caçados. No avião, policiais encontraram 653,1 kg de cocaína, avaliada em R$ 13 milhões.

Inicialmente, a FAB informou que o avião havia decolado da Fazenda Itamarati Norte, mas posteriormente emitiu nota afirmando que não existia confirmação exata da decolagem. A Amaggi, através de nota, informou ter tomado conhecimento do caso através da imprensa e que a empresa não tem qualquer ligação com a aeronave descrita pela FAB.