“A impressão digital não é mais o futuro, é o presente, e deve tomar conta do mercado gráfico nacional”, assim avalia o presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional e presidente do Sindigraf/MS e Abigraf/MS, empresário Julião Flaves Gaúna. Para ele, o avanço da impressão digital é a alternativa para o segmento inovar e sair da crise.
“Com um cenário demandado por pedidos com tiragem cada vez menores, a impressão digital vem para resolver o dilema do segmento. Com ela, é possível atingir as baixas tiragens de forma eficiente e com qualidade”, analisou o presidente, em entrevista publicada pelo site da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) no último sábado (24), em celebração ao Dia da Indústria Gráfica.
Julião Gaúna destaca que no Dia da Indústria Gráfica é preciso enaltecer a importância do segmento na cadeia produtiva nacional no quesito de comunicação e transferência de informações. “Neste momento de crise pela qual passa a indústria gráfica, somente por meio da tecnologia é que vamos atingir novos mercados. A impressão digital é o nosso presente, mas, ainda, não podemos abrir mão da impressão offset, que continua com o seu espaço no mercado”, pontuou.
Reformas
O presidente reforça que, neste momento conturbado, o mais importante a ser observado é a continuidade das reformas, desde a trabalhista e previdenciária até a política. “O Brasil precisa seguir em frente nesse processo de reformas para que possa evoluir. O modelo que aí está não é mais sustentável e é necessário ter as mudanças propostas nas reformas para se enfrentar as adversidades, garantindo um futuro com mais segurança e com geração de oportunidades para todos os brasileiros”, afirmou.
A indústria gráfica brasileira conta com mais de 20 mil empresas, 220 mil trabalhadores, movimentando por ano mais de R$ 44,8 bilhões. “Posso afirmar que 90% dessas 20 mil empresas são micro, pequenas e médias e, por isso, mais do que nunca se faz necessária uma preocupação maior com os avanços das reformas”, declarou, acrescentando que em Mato Grosso do Sul são 358 indústrias gráficas em operação e 3,5 mil trabalhadores, movimentando R$ 97,7 milhões anualmente.