Reviva Centro vai acabar com 110 vagas de estacionamento
Por André Farinha Publicado 18 de maio de 2017 às 17:32
Diretoria da ACICG em reunião com representantes da Prefeitura Municipal (Foto: ACICG/Reprodução)

A grandiosa reforma do centro da cidade de Campo Grande vai eliminar, pelo menos, 110 vagas de estacionamento na região, segundo informou a diretora-executiva de Planejamento e Gestão Estratégica, Catiana Sabadin, durante reunião com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), João Carlos Polidoro. A falta de vagas para que os clientes possam estacionar nas imediações das lojas é a principal preocupação da entidade empresarial para com o ‘Reviva Centro’.

O projeto, assinado na última sexta-feira (12) em Brasília pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), conta com investimentos na ordem de US$ 56 milhões, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O Reviva Centro prevê a revitalização do quadrilátero central de Campo Grande, com embotilhamento da fiação elétrica, ampliação das calçadas, diminuição do tráfego de veículos e a criação de áreas de lazer ao longo da Rua 14 de Julho.

Com as reformas, além da diminuição do número de faixas de rolagem na via, também serão perdidas algumas vagas de estacionamento. No entanto, como alternativa ao problema, o secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Antônio Lacerda, informou à ACICG que já há várias empresas interessadas em construir no centro da cidade estacionamentos particulares.

“Estamos recebendo vários empresários que têm interesse em construir estacionamentos na região central. Já sabemos de uma área que pode abrigar um estacionamento vertical com capacidade de até 3 mil carros, o que supre a demanda tranquilamente”, informou o titular, durante a reunião com a diretoria da ACICG.

Sobre o assunto, Polidoro rebateu que um dos maiores problemas enfrentados pelos lojistas da região central da Capital é a falta de vagas para estacionar. “Isso eu tenho ouvido muito (sobre estacionamentos particulares). A grande crise do centro de Campo Grande é uma somatória de fatores. E um dos fatores que aumentou muito foi a retirada de estacionamento da Afonso Pena. Esse é o ponto mais crítico”, disse.

Em resposta, a diretora-executiva de Planejamento e Gestão Estratégica, Catiana Sabadin, explicou que a extinção das vagas se deve à concepção de mobilidade que será adotada. “Vamos tirar mais vagas pela questão dos corredores de transporte e também para construir o circuito turístico-gastronômico-cultural, criando um caminho entre o Horto Florestal, Mercadão Municipal, Camelódromo e a Morada dos Baís, integrando a Calógeras até a Feira, subindo para a 14 de Julho”, detalhou.

Reviva Centro

O projeto prevê mudanças estruturais na área central, com requalificação da Rua 14 de Julho e suas transversais. Serão realizados serviços de drenagem, pavimentação, esgoto, calçada, arborização e nova iluminação na Rua 14 de Julho, no trecho entre a Fernando Corrêa da Costa e a Mato Grosso.

A fiação elétrica será subterrânea e as calçadas alargadas para instalação de bancos, totens e lixeiras. Para isso, da Afonso Pena até a Mato Grosso só será autorizado estacionamento para idosos, portadores de deficiência e descarga de mercadorias.

A história da cidade também será resgatada com uma escultura do antigo relógio da Rua 14 de Julho, nas mesmas dimensões do original. Ele será instalado no cruzamento da Rua 14 de Julho com a Afonso Pena.