Ao lado do criminalista Renê Siufi, o ex-governador André Puccinelli é interrogado na Polícia Federal desde as primeiras horas da manhã aos ter sido levado em uma viatura para a Superintendência da Polícia Federal após ser apanhado em seu apartamento. Siufi chegou à superintendência depois do cliente e já foi encaminhado ao cartório onde André é interrogado
O ex-governador foi levado pela Polícia Federal no andamento da 4ª Fase da Operação Lama Asfáltica, com o nome Máquinas de Lama, investigação de desvios e propinas na gestão do então governador André Puccinelli, as quais chegam a R$ 150 milhões. A Polícia Federal encontrou durante as investigações, provas robustas que os desvios aconteciam através de direcionamento de licitações, superfaturamento de obras, compras fictícias ou ilícita de produtos além de corrupção de agentes públicos.
Outra descoberta dos federais é que a organização criminosa ainda tentou esconder a origem do dinheiro desviado, o que configurou o crime de lavagem de dinheiro. Para tentar justificar a propina, os envolvidos alugavam máquinas e equipamentos utilizados em obras do governo de Mato Grosso do Sul. Os investigadores, no entanto, constataram locações e nem mesmo negociações para isso nunca existiram de fato, eram elaboradas única e tão somente para mostrar o que seria uma origem lícita aos recursos financeiros. Por conta desses “alugueis”, a operação foi batizada de Máquinas de Lama.
Além da Capital 270 agentes da Polícia Federal, CGU e Receita Federal atuam desde as primeiras horas da manhã nas cidades de Nioaque, Porto Murtinho e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, mas também em Curitiba, no Paraná e São Paulo (SP) onde estão alvos dos Operação com três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva, entre as quais de André Puccinelli, 32 de busca e apreensão além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.