Defesa alega que Eike não tem dinheiro para pagar fiança
Por Redação Publicado 3 de maio de 2017 às 06:19

A defesa de Eike Batista anunciou na noite desta terça-feira (2), que em sendo mantida a fiança de R$ 52 milhões, definida pelo juiz federal Marcelo Bretas, “implica, necessariamente, em uma nova prisão” dele “e, consequentemente, no descumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal”. O ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao fundador do grupo X na última sexta-feira (28).

“A defesa recebeu com perplexidade a decisão do juízo da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro pelo arbitramento de fiança de R$ 52 milhões como condição para a liberdade de Eike Batista. A decisão é inexequível, uma vez que todos os bens e valores em nome de Eike Batista já se encontram bloqueados por determinação da Justiça Federal”, afirmou a defesa do fundador do empresário em nota divulgada no começo da noite.

No último domingo, 30, o juiz de plantão Gustavo Arruda Macedo determinou que Eike deixasse Bangu 9 e passasse a cumprir prisão domiciliar. Ele voltou para sua casa no mesmo dia após três meses preso. Nesta terça (2), Bretas decidiu estabelecer a fiança, que deve ser paga em até cinco dias úteis. Os advogados de Eike argumentam ainda na nota que ele “injetou mais de R$ 120 bilhões no Brasil, dinheiro privado que contabilizou mais de R$ 15 bilhões em impostos e divisas para o País”.

Além disso, declarou que o empresário nunca realizou obras para o governo e seus projetos geram atualmente mais de cinco mil empregos. “Todos os seus bens possuem origem lícita, razão pela qual não responde a qualquer acusação envolvendo uso ou desvio de dinheiro público, tampouco participação em supostos esquemas de organização criminosa”, diz a nota.