Ao comentar a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), da FFMS, em reabrir o rumoroso caso envolvendo o jogador Eduardo Arroz e agora também o Operário, que pode ser rebaixado para a Segunda Divisão, o Gerente de Futebol do Comercial, Paulo Telles, admitiu que recebeu a noticia com naturalidade e que o fato, já era por ele e o departamento jurídico do clube, esperado.
“Isso (reabertura) era esperada. Agora estamos na expectativa do julgamento”, disse Telles.
Interrogado pela reportagem do site Ultra Max News, a respeito de um possível resultado quanto ao julgamento, Telles disse que está meio-a-meio. “Nem muito otimista e nem pessimista. Mas vamos aguardar o julgamento”, disse o Gerente de Futebol do clube Colorado.
Paulo Telles sabe que, uma decisão favorável ao Comercial, no julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), mudará toda a classificação do grupo “A” podendo até mesmo ocasionar a desclassificação do Operário que perderia muitos pontos levando o mesmo para a Segunda Divisão, do futebol estadual no próximo ano.
Diante dessa possibilidade, o campeonato judicialmente não atenderá as determinações da CBF, que tem um calendário e no mesmo, todos os Campeonatos Estaduais, devem terminar no dia 7 de maio, em função dos jogos válidos pelas Séries A e B, cujos inícios estão previstos para o dia 9 e 10 do mesmo mês e assim deverá se prolongar por mais tempo.
Também havendo uma reviravolta na contagem dos pontos, tudo o que foi feito até o momento vai por água abaixo e com tudo isso, ele poderá ser apontado como o “judas” do futebol Sul-mato-grossense.
Mesmo assim, ele encara com naturalidade e prontamente rebateu: “Judas foi quem escalou o jogador irregular e não eu!”
Depois ele explicou detalhadamente o processo para a contratação de um jogador para o clube. Após a indicação do técnico, o jogador passa por uma profunda avaliação, comportamental para ver ser o mesmo se enquadra dentro do regulamento do clube.
Feito isso, o segundo passo é o de fazer um levantamento na vida profissional extensiva ao judicial, buscando saber se o atleta indicado pelo técnico tem dívida com a justiça esportiva, depois desse processo que é oficializada a contratação do mesmo.
Ele também se defendeu ao ser perguntado o porque ele deixou para denunciar após a desclassificação do time, para a sequencia da competição.
“Não queremos prejudicar nada e nem ninguém (campeonato). Apensa fizemos o que deveríamos fazer na hora certa. Apenas isso. Por isso esperamos até o último momento e nesse tempo (de espera), você vai analisando tudo”, disse Telles que em seguida explicou como descobriu a irregularidade do jogador Eduardo Arroz.
“Estamos fazendo um amplo levantamento para contratar jogadores para a Série D e para tanto, fazemos, como já disse pra você, uma levantamento, uma varredura mesmo e descobrimos a irregularidade dele (Eduardo Arroz). Isso (varredura) é um processo normal. Agora, problema e responsabilidade é de que o escalou e não minha ou do Comercial. Por isso, eu não sou o judas do futebol Estadual. Faço apenas o meu papel como aqui ou em qualquer um outro Clube e eu jamais contrataria ou escalaria um jogador sabendo que ele estava irregular e que tinha pena a cumprir.Por isso estou tranquilo sabedor que fiz o melhor pelo futebol do Estado”, afirmou Paulo Telles.