Dois anos após o crime em que lutador de jiu-jítsu, Rafael Martinelli Queiroz (29), matou por espancamento o engenheiro Paulo Cézar de Oliveira (49), no Hotel Vale Verde, em Campo Grande, deve ser levado a júri a partir de 9h desta quinta-feira (27) no Fórum da Capital. O julgamento é esperado com expectativa além dos familiares e amigos da vítima, pela população em si que ficou assustada diante da brutalidade no crime.
Morador em Valparaíso, São Paulo, estava em Campo Grande para participar de um campeonato de jiu-jítsu. Pouco antes do evento, na noite do dia 18 de abril de 2015, ele e namorada se desentenderam no quarto do hotel, na Avenida Afonso Pena, quando o lutador agrediu a mulher que, assustada, fugiu pelos corredores pedindo socorro.
Ao sair do quarto, Rafael destruiu o que encontrou pela frente, até ver a vítima, que acabava de abrir a porta de seu apartamento para ver o que estava acontecendo. O engenheiro então foi espancada até a morte, um terror filmado pelo circuito interno do hotel.
A defesa do réu tentou recorrer evitando a prisão, alegando que ele tem doença mental, inclusive o “transtorno de Boderline”, e por isso seria inimputável. Já o MPE (Ministério Público Estadual) sustenta que, apesar do lutador ser portador de transtorno de personalidade, a perícia constatou que ele não estava completamente incapaz quando cometeu o assassinato.