Times da Capital pagam R$ 10 mil por jogo, para atuarem no Morenão
Por André Farinha Publicado 18 de abril de 2017 às 16:29
Clubes da Capital para mandarem jogos no Morenão, precisam de um público por jogo, de 2 mil pessoas (arquivo)

A pergunta é costumeira e o torcedor quer saber quanto que o time mandante de um jogo, “paga” para atuar no Morenão, o maior estádio Universitário da América Latina?

Para o futebol Campo Grandense, exceto quando jogam a dupla Comercial e Operário o valor é “astronômico” e por isso, alguns  estão em débito com a administração do mesmo, pois dependendo dos jogos, mal a renda cobre as despesas.

Para responder a pergunta formulada, a reportagem do  ULTRA MAX NEWS, foi atrás da resposta e mesma é desalentadora, devido ao grande número de taxas que são cobradas em dias de jogos, independente de qual equipe atuará no mesmo.

Pelo aluguel do Morenão, que recentemente recebeu uma substancial ajuda do Governo do Estado, no valor de R$ 150 mil, para  bancar as obras exigidas pelo Ministério Público Estadual, (MPE) de acordo com as exigências do Estatuto do Torcedor, mas nem assim foram “abatidas” as cobranças.

Mas pelo levantamento feito, qualquer uma das equipes participantes do Campeonato Estadual de Futebol, para mandar os seus jogos no Morenão, terão que ter no mínimo 2 mil torcedores no local, desde que eles paguem a importância de R$ 20, pelo ingresso. Nesse caso, o clube arrecadaria  a importância de R$ 40 mil, valor esse que daria para pagar as despesas e ainda sobrar “alguns” para fazer frente as outras despesas.

TAXAS

Pelo aluguel, o clube mandante paga, caso  o jogo seja diurno, a importância de R$ 2.100, e se o jogo for à noite, o valor da taxa aumenta para R$ 2.600, já cobrando a taxa de iluminação. Para a Polícia Militar, o clube mandante paga também uma taxa no valor de R$ 2.105, mais os lanches para os policiais de serviço. Esse valor não foi possível ter o levantamento; Caso seja uma partida com um público de dez mil pessoas, é necessária apenas a presença de uma ambulância e a mesma fica em R$ 1 mil; em dias de jogos, conforme exige o Estatuto do Torcedor, independente da presença da PM, é obrigatório a contratação se Seguranças Particulares e esse número varia de acordo com a necessidade do jogo. Mas são no mínimo 20 profissionais e cada um custa ao clube mandante a importância de R$ 120 e caso sejam contratados apenas 20 seguranças,  o valor pago  será de R$ 2.400; antes eram quatro gandulas e hoje, é preciso a contratação de seis e cada um custa, a importância de R$ 40, o que totaliza R$ 240, o delegado enviado pela FFMS, custa R$ 180; são dois maqueiros e cada um sai por R$ 60, totalizando R$ 120, tudo isso, não computando os 10% da renda bruta, cobrada pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.

Portanto, sem computar os valores pagos com os lanches dos policiais e nem os 10% da FFMS, cada jogo realizado no Morenão, custa ao mandante a importância de R$ 8.905, mas computando os supostos valores “indefinidos”, cada jogo no Morenão custa R$ 10 mil.

ÁRBITROS

O quinteto da arbitragem, é pago também pelo Governo do Estado, fato esse que em muito ajuda o  clube mandante dos jogos no Morenão, pois do contrário, a realizado de jogos no referido local, seriam financeiramente inviáveis.

DÉBITOS 

O atual Chefe de Coordenação de Cultura e Esporte, o professor Júnior Vagner Pereira da Silva, por questões lógicas, não quis indicar quais os clubes que estão devendo e nem os valores em abertos, mas a reportagem tomou conhecimento que o Operário e o NOVO, são no momento, as duas únicas equipes da Capital em débito com a coordenadoria do estádio Morenão.