Por volta de 4 horas da madrugada desse sábado (15), servidores da Unidade de Pronto Atendimento Universitário encontram o corpo de uma das enfermeiras (34 anos) e acionaram a polícia. Equipes da Polícia Civil e da Perícia Criminal estiveram no local.
Segundo colegas da enfermeira, ela fazia uso de medicamentos, e apresentava sinais de estresse. Ao lado do corpo haviam uma seringa, cartelas e ampolas de medicamentos.
O corpo foi encaminhado para o IMOL e o caso é tratado como morte a esclarecer.
Os profissionais de saúde trabalham no limite de suas forças, lutando contra a morte, contra as doenças que lhes minam as forças buscando dar mais qualidade de vida para os pacientes e conforto para os familiares e, ainda, enfrentando a fúria e por vezes agressões dos que não compreendem que trabalham em condições adversas. Faltam medicamentos, faltam insumos (algodão, álcool, gaze, luvas, seringas etc.), falta um olhar do poder público.
É válido que se repita um texto recentemente publicado nas redes sociais, quando fica evidente o desgaste dos profissionais…
“Criticar profissionais da saúde por cochilar no ambiente de trabalho virou moda, mas o que a maioria das pessoas não sabem ou não se importam é que esses profissionais são submetidos a cargas horárias exaustivas, em setores superlotados, por vezes com uma equipe reduzida e um ambiente sem condições de trabalho, com salários defasados, expostos a todos os tipos de vírus e bactérias, mas apesar disso são eles que cuidam dos ferimentos dos nossos filhos, são eles que fazem massagem cardíaca exaustivamente pra tentar trazer de volta nossos pais, são eles que limpam as fezes, urina, vômito e dão banho no leito nos nossos avós tão debilitados, são eles que estão no natal, ano novo e outros dias especiais longe da família pra cuidar de nós. Esses profissionais que se doam por pessoas muitas vezes ingratas, mal educadas e egoístas merecem respeito, pois eles são a expressão da palavra herói…”