Linha do BNDES para exportação na área da defesa terá US$ 35 bi em 20 anos
Por Ariel Moreira Publicado 5 de abril de 2017 às 17:27

A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Sílvia Bastos Marques, disse hoje (5) que a nova linha de financiamento da instituição para exportação de soluções e produtos na área da defesa terá US$ 35 bilhões nos primeiros 20 anos, com possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.

A nova linha de crédito para o setor foi anunciada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, na abertura da Feira de Defesa e Segurança LAAD 2017, no Rio de Janeiro.

Segundo Maria Sílvia, a medida vai dar competitividade aos produtos brasileiros da indústria de defesa em concorrências internacionais, em um mercado em que a articulação é importante, já que os negócios são feitos diretamente pelos governos e não por empresas

O BNDES vai flexibilizar suas linhas de financiamento de acordo com as licitações que forem realizadas, podendo atingir até 100% de participação no empréstimo. Os prazos para pagamento são longos, de 25 anos, com carência de 5 anos e flexibilização de mecanismos de garantia, de acordo com a presidente do banco. A taxa de juros ainda não foi definida.

Segundo Maria Silvia, o cargueiro aéreo KC390, produzido pela Embraer, é um produto financiável pela nova essa linha

Igualdade de condições

O superintendente da área de Exportações do BNDES, Leonardo Pereira, disse que a nova linha vai permitir ao Brasil participar de concorrências internacionais em igualdade de condições com os demais países. “Vai tentar oferecer as mesmas condições de spread (diferença entre o que o banco paga ao tomar um empréstimo e o que ele cobra ao conceder um empréstimo), prazos, demanda de garantias, para a gente fazer um matching dessas concorrências.”

Segundo Pereira, a área da defesa exige uma flexibilização nas condições de financiamento porque envolve volumes muito elevados e de alto valor agregado e, “geralmente, envolve dívidas soberanas”.

A exportação na área da defesa envolve sistemas de monitoramento, integração, de segurança e bens. Segundo o superintendente do BNDES, são mercados promissores a América Latina, África, alguns países europeus e a Ásia.

Fonte:Agência Brasil

Economia Ministros do Tribunal Superior Eleitoral discutem conceder mais prazo para as defesas da ação Dilma-Temer se manifestarem no processo. Se eles acatarem as chamadas preliminares dos advogados, o julgamento- que começará na semana que vem- pode ser suspenso. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, deve marcar o julgamento para o começo da semana que vem. Antes do ministro Herman Benjamin entrar no mérito do seu voto (cassa ou não), ele começa pelas preliminares. As preliminares são contestações e circunstâncias levantadas pelas partes do processo. A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu, antes das alegações finais, que o relator concedesse mais prazo para que eles pudessem analisar documentos sobre a Lava Jato que haviam sido anexados ao processo. Eles queriam cinco dias, mas Benjamin concedeu 48 horas. Segundo ministros ouvidos pelo blog, a corte pode decidir durante o julgamento na semana que vem conceder os cinco dias às defesas. São cinco dias corridos. Se isso ocorrer, o julgamento que deve começar na semana que vem será suspenso e os advogados são intimados. Depois dos cinco dias, as defesas apresentam novas alegações finais e o julgamento já pode ser pautado novamente. O julgamento poderia ser pautado novamente na semana da Páscoa. Na quarta-feira, porém, o feriado no Judiciário começa na quarta-feira. Além disso, o ministro Gilmar Mendes estará no exterior. Neste cenário, o ministro Henrique Neves não participa do julgamento. O mandato de Neves acaba dia 16 de abril. Na semana seguinte à da Páscoa, o ministro Gilmar Mendes participará de um evento no exterior, que começa dia 18 de abril em Portugal. Depois, ele acompanha no domingo dia 23 de abril eleições presidenciais na França. Sua previsão de volta é a última semana de abril. Nas contas de integrantes da corte, o julgamento só deve ter nova data a partir da última semana de abril.