Na resposta, após horas de tensão, a polícia interveio com balas de borracha e canhões de água e há, pelo menos, uma dezena de feridos, incluindo Efraín Alegre, um dos líderes da oposição.
Acevedo, o primeiro vice-presidente do Senado, Eduardo Petta, e outros legisladores da oposição ocuparam o plenário da Casa para impedir a votação, que ocorreu em um gabinete.
Dezenas de barricadas estão a arder nas ruas do centro de Assunção, na sequência de confrontos entre manifestantes e polícia que começaram na sexta-feira à tarde, no Congresso do Paraguai. A emenda deverá ser ratificada neste sábado pela Câmara dos Deputados, também controlada pelos governistas.
A Constituição do Paraguai não autorizava a reeleição presidencial e os detradores de Cartes denunciam uma “manobra ditatorial”.
Os senadores da oposição, próximos do ex-Presidente de esquerda Fernando Lugo (2008-2012), aprovaram a reforma, mas o resto da oposição denunciou “um golpe parlamentar”.
A proposta também deve ser aprovada pela Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Velásquez, anunciou que já havia recebido o projeto e havia convocado uma sessão extraordinária para amanhã.
Várias centenas de pessoas romperam a barreira policial em uma batalha campal na qual as forças da ordem dispararam balas de borracha, lançaram gás lacrimogêneo e acionaram jatos de água.
Segundo o El País, cerca de 30 pessoas ficaram feridas. Vários são protestos são registrados no país vizinho, inclusive com um grupo conseguindo invadir o prédio do Congresso paraguaio e atear fogo no local.
Os senadores contrários ao projeto qualificaram a votação de “golpe parlamentar”.
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