O senador Aécio Neves (PSDB-MG) negou neste sábado (1º) ter recebido propina em Nova York. A informação foi publicada na edição desta semana da revista Veja. De acordo com a publicação, Aécio teria recebido propina da Odebrecht em uma conta-corrente de um banco sediado em Nova York, nos Estados Unidos.
A conta seria operada pela irmã dele, a jornalista Andrea Neves e a informação constaria do depoimento, ainda sob sigilo, do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Junior, o BJ, que fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Em nota nas redes sociais, o senador explicou que o seu advogado entrou em contato com o advogado de Benedicto Junior, e que ele garantiu que as informações publicadas pela revista não constam na delação. Aécio também negou a existência da conta.
Tal conta nunca existiu. As acusações publicadas na revista Veja são falsas e absurdas. É lamentável que afirmações graves como as apresentadas venham a público sem a devida apuração de sua veracidade.
De acordo com Veja, o dinheiro teria sido depositado em troca do atendimento de interesses da Odebrecht em obras como a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte (MG), sede do governo mineiro, e a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, localizada em Rondônia — a Cemig, estatal mineira de energia elétrica, era uma das principais empresas do consórcio que ganhou o direito que fazer a obra. Esses repasses, segundo BJ, eram chamados de “contrapartida”.
De acordo com Aécio Neves em nenhuma das obras citadas pela revista, usina de Santo Antônio e Cidade Administrativa, houve qualquer tipo de pagamento indevido ou negociação de vantagens. Diz, no entanto, que pediu como dirigente partidário, apoio financeiro da Odebrecht para inúmeros candidatos de Minas e do Brasil, mas na forma de doações legais.
Aécio aproveitou a publicação da reportagem com suposto conteúdo do depoimento para defender a quebra do sigilo das delações homologadas.
O senador Aécio Neves defende a quebra do sigilo das delações homologadas como condição fundamental para que a população tenha acesso à integra dos depoimentos prestados e para que as pessoas injustamente citadas possam exercer seu direito de defesa, não se tornando reféns de vazamentos parciais que relatam versões e partes selecionadas por aqueles que, tendo acesso à totalidade das delações, escolhem trechos que querem ver divulgados.
A irmão de Aécio, Andrea Neves é responsável pela administração da imagem política do irmão. Ela inclusive assumiu a área de comunicação do governo de Minas Gerais nas duas gestões do tucano. Aliados a consideram linha-dura e os adversários de Aécio a acusam de praticar censura a veículos de comunicação mineiros que falavam mal do tucano.
O advogado do senador Aécio Neves, Alberto Toron, informa que entrou em contato com o advogado Alexandre Wunderlich, que representa o delator Benedito Júnior, e este lhe informou que não existe na delação de seu cliente qualquer referência à irmã do senador ou a qualquer conta vinculada a ela em Nova York.
Se houvesse feito tais declarações, o delator precisaria necessariamente comprová-las com a apresentação de provas e informações como nome do banco e número da conta.
Tal conta nunca existiu. As acusações publicadas na revista Veja são falsas e absurdas.
É lamentável que afirmações graves como as apresentadas venham a público sem a devida apuração de sua veracidade.
O senador Aécio Neves defende a quebra do sigilo das delações homologadas como condição fundamental para que a população tenha acesso à integra dos depoimentos prestados e para que as pessoas injustamente citadas possam exercer seu direito de defesa, não se tornando reféns de vazamentos parciais que relatam versões e partes selecionadas por aqueles que, tendo acesso à totalidade das delações, escolhem trechos que querem ver divulgados.
Em nenhuma das obras citadas, usina de Santo Antônio e Cidade Administrativa, houve qualquer tipo de pagamento indevido.
O então governador Aécio Neves jamais participou de qualquer negociação das etapas da construção da sede do governo mineiro, nem interferiu na autonomia da Cemig para definição de investimentos da empresa.
O senador Aécio Neves reafirma que solicitou, como dirigente partidário, apoio para inúmeros candidatos de Minas e do Brasil, sempre de acordo com o que determina a lei.
O senador Aécio Neves é o mais interessado no esclarecimento imediato dessas falsas acusações para que se saiba a que interesses elas servem.
Fonte: R7.COM