Governo quer reforçar estrutura de municípios para regionalizar saúde
Por Redação Publicado 21 de março de 2017 às 17:03

Na tentativa de oferecer serviços de melhor qualidade na área da saúde aos municípios de Mato Grosso do Sul, o governo do Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), iniciou ontem (20) apresentação para os secretários municipais de Saúde de todo o Estado do novo modelo em gestão de saúde, tendo como meta a reestruturação por meio da regionalização.

A ideia é fortalecer as microrregiões, com reforços de equipamentos e estrutura para evitar transferências de pacientes aos grandes polos. Em Mato Grosso do Sul existem 11 microrregiões de saúde e três polos onde há maior demanda de pacientes: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas.
Segundo a assessoria da SES, em Três Lagoas, a obra do novo Hospital Regional já teve licitação divulgada.

De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Nelson Tavares, diante da crise atual, a determinação do governador Reinaldo Azambuja (PMDB) é não começar nada que não possa se sustentar em médio e longo prazo.

“Vamos dar continuidade ao projeto dele da campanha eleitoral, reestruturar o sistema de saúde no foco do atendimento às pessoas, então é menos obra, menos proselitismo e mais eficiência na atenção à população. É o caso, por exemplo, da Caravana da Saúde, que foi um projeto emergencial”, explicou o secretário.

Ainda conforme Tavares, algumas ações já foram realizadas com esse intuito.

“É o que estamos fazendo em Ponta Porã e o que fizemos em Coxim: é ofertar serviço para a população com a equação financeira resolvida, ou seja, você avalia quanto custa, garante que o atendimento possa ter sustentabilidade e inicia ofertando serviços à população, nem sempre respeitando as premissas que estão aí postas há 30 anos e que não estão dando certo. Então a palavra de ordem é eficiência. Os resultados serão vistos ao longo dos anos. Em Coxim, por exemplo, 100% dos traumas vinham para Campo Grande e hoje mais de 90% são resolvidos no município, isso é uma mudança concreta. Em Amambai, fazemos mais de 100 cirurgias eletivas por mês há mais de um ano, cirurgias que viriam para Dourados ou Campo Grande. É que o problema da saúde é de tal dimensão que não conseguimos enxergar, mas já deu certo e agora vamos ampliar”, comentou.

Segunda etapa da Caravana da Saúde será focada em mulheres e estudantes
Outro assunto abordado durante o evento foi a segunda edição da Caravana da Saúde. Conforme Tavares, o projeto beneficiou milhares de pessoas que aguardavam nas filas. “No ano passado nós fizemos mais de 50 mil cirurgias eletivas, uma coisa que nunca foi feita em toda a história de Mato Grosso do Sul”, lembrou.

Segundo o secretário, apesar de não estar definida uma data, a Caravana este ano vai oferecer atendimento não só aos idosos, mas vai focar no atendimento às mulheres e aos estudantes.

“O governador está dimensionando os serviços que serão oferecidos, mas acredito que vai economizar dinheiro da máquina para oferecer mais serviços. Esse serviço aos estudantes é uma iniciativa maravilhosa e muito superior ao que já fizemos aos idosos. Todas as cidades serão atendidas e a expectativa é de que 270 mil alunos passem pela Caravana”, contou.

Há algumas semanas, o governador Reinaldo Azambuja havia adiantado que a segunda etapa do projeto teria o foco no atendimento oftalmológico dos estudantes e em exames preventivos de câncer às mulheres.

Fonte: O Estado Online/Nilce Lemos