“Fico doida com bolsa”, dispara Suzana Pires sobre obsessão fashion
Por Redação Publicado 21 de março de 2017 às 13:33

Aos 40 anos, Suzana Pires parece ter alcançado a plenitude com o encerramento de Sol Nascente, primeira novela co-pilotada por ela do início ao fim no papel de autora e que chega ao fim nesta terça-feira (21.03).

Além de celebrar o sucesso desse divisor de águas profissional, a atriz também se prepara para lançar o longa Going to Brazil, no qual dá vida a uma traficante que comanda seu morro com punhos de aço – e inúmeras armas muitíssimo bem manejadas graças a preparação exaustiva feita por ela para o filme. Isso e muito mais, incluindo o vício confesso por bolsas, no papo a seguir.

Sol Nascente acaba nesta terça-feira. Como foi a experiência de ser uma das autoras da novela e acompanhar o desenrolar dos personagens do início ao fim da trama?
Foi a experiência artística mais intensa até hoje na minha vida. O autor responsável não desenvolve somente as tramas, ele precisa ter uma visão geral de produção, elenco, de tudo para poder somar as equipes. Para mim, essa foi uma experiência que muda meu destino.

Como é estar do “lado de lá”, decidindo e escrevendo o destino dos personagens?
É uma experiência de êxtase. Principalmente se a história contada toca o coração do público, que foi o que aconteceu em Sol Nascente. A cada dia, tínhamos mais e mais público. É emocionante tocar o coração de tanta gente.

Se pudesse escrever um roteiro perfeito para sua própria vida, qual seriam as cenas dos próximos capítulos?
Férias no Paraíso (risos).

Em Going to Brazil, você dá vida a uma traficante que comanda seu morro com pulso firme e violência. Que tipo de preparação fez para viver essa personagem? Como aconteceu o convite?
O convite veio a partir do diretor do filme Patrick Mille que me viu em cena no Casa Grande. E aí, quando veio escalar atores brasileiros, ele pediu para a produtora de elenco entrar em contato comigo. Ele me mandou o roteiro antes e, quando eu fui conversar com ele, a gente já estava falando a mesma língua, foi uma comunicação fácil e imediata. Eu topei na hora fazer o filme e adorei o set. A preparação para o filme foi aula de tiro. Eu fiz aula de tiro de metralhadora, de pistola 9mm, de 38, AK47, M16. Primeiro umas aulas teóricas para saber montar e desmontar, para entender da arma, e depois aula prática. E eu tive que tirar um pouco do meu medo de arma, né, mas consegui. Fiz esse filme durante A regra do jogo, porque, se fosse durante Sol Nascente, não teria condições.

Suzana Pires (Foto: Alex Santana/ Divulgação)

Por falar em vício, qual é seu ponto fraco quando o assunto é moda/beleza? Coleciona algo?
Eu coleciono bolsa, realmente é meu ponto fraco, bem fraco. Fico doida com bolsa.

Qual a maior loucura que já fez por moda (aquela bolsa que custa o olho da cara que economizou para comprar, por exemplo)?
A maior loucura, bom… eu comprei uma bolsa em Mônaco, na Chanel de lá. Era uma bolsa de colecionador (trata-se da clutch CC Frame Flap Bag, apresentada no desfile de verão 2014 da Chanel – parte da linha de peças super exclusivas da maison, tem uma plaquinha dourada onde se lê “SAC 1112, CHANEL, COLLECTION PRIVEE”. O preço? US$6.300, cerca de R$20mil), cara, que faz muito sucesso quando eu saio com ela, inclusive. Mas quando eu fui comprar, eu estava assim, sabe, eu tinha tomado um cafezinho. Não tinha como comprar (risos). Aí eu fui para um hotel maravilhoso, estava com um amigo e pedimos champanhe. Quando eu bebi o champanhe até ficar rica, porque tem um momento que você fica rica (gargalhadas), eu fui na loja e comprei a bolsa.

E a maior loucura que já fez por beleza?
De dieta, eu já fiz a dieta da sopa do cardíaco, porque eu tinha duas semanas para emagrecer para fazer o Loucas para Casar. Eu precisava perder assim uns quatro quilos, e aí foi na sopa. A pessoa ficou de sopa as duas semanas antes e todo o filme. No último dia de filmagem, eu comi um prato de macarrão sozinha loucamente.

Já cometeu alguma gafe fashion? Qual?
Eu fui convidada para um jantar em São Paulo e estava bem frio. O Rodrigo Polack, meu stylist, produziu um look que era um vestido, um vestidinho mais curto, e um super casaco por cima. Só que no dia seguinte, no dia do jantar, fez o maior calor, aquelas coisas loucas né. Só que se eu tirasse o casaco, o vestidinho não era nada, assim sabe, ia ficar sem graça. Aí eu fui pro jantar com esse casaco, o maior calor, e eu falava para as pessoas assim, é que meu stylist esqueceu de produzir o frio (risos).

O que não entra no seu guarda-roupa de jeito nenhum?
O que não entra no meu closet de jeito nenhum é pochete, né gente, acho que não né?

Você se renderia (ou já se rendeu) a procedimentos estéticos, como lentes de contato nos dentes, Botox e lipo?
O máximo que eu faço é CO2 a cada um ano e meio, e uso hidratante, protetor solar, e estou me sentindo muito bem. Eu tenho pânico de agulha, então botox realmente é uma coisa que vai ser difícil eu usar, e o meu dermatologista também não é muito fã de botox, então eu faço máquinas. Eu gosto de fazer CO2, Ulthera, tem uma outra máquina nova babado que eu esqueci o nome, eu gosto disso.

Qual o maior elogio que você já recebeu? E a crítica que mais te marcou?
O maior elogio que eu já recebi é que eu sou uma mulher muito valente, adorei, e sou mesmo. Eu sempre procuro ir além da minha própria expectativa. A maior crítica é que com todo esse comprometimento em me superar, às vezes eu faço coisas demais e numa velocidade muito grande. Fica difícil até de as pessoas acompanharem. E sou bem controladora, né, então eu sou uma valente controladora (risos).

Suzana Pires (Foto: Alex Santana/ Divulgação)
Fonte: VOGUE BRASIL