Azambuja desautoriza especulações sobre projetos eleitorais
Por Redação Publicado 14 de fevereiro de 2017 às 09:05

A estratégia de gestão em Mato Grosso do Sul só está sendo bem-sucedida porque, além das diretrizes conceituais de governo, as pressões intermitentes das demandas políticas e eleitorais não conseguem atravessar a resistente blindagem montada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para proteger sua administração.

Diante da pressa de correligionários e aliados que cobram ou esperam a sinalização sobre a montagem do tabuleiro eleitoral de 2018, o governador está sendo bem claro e objetivo para avisar que antes da hora não haverá qualquer aceno ou movimentação de sua parte. Nem mesmo no ano de eleições ele admite que no ambiente de governo seja tratado o tema de sua sucessão ou qualquer outro projeto eleitoral envolvendo a si ou ao seu partido.

Na semana passada, em Paranaíba, ao lado de deputados estaduais e prefeitos de sua base, Azambuja voltou a garantir que não vai permitir nenhum tipo de articulação política ou eleitoral que possa ameaçar a integridade institucional da governança. Para ele, só após o carnaval de 2018 é que começará a conversar sobre a questão, mas de uma forma que não inclua a relação de magistrado com todos os interlocutores sociais e partidários.

Reinaldo Azambuja demonstra muita tranquilidade ao descartar a necessidade de abrir uma discussão que considera precipitada e fora de época para um governante. Considera natural que parlamentares, dirigentes e outros agentes políticos estejam desde agora com o debate eleitoral nas mãos. No entanto, o governador se recusa a entrar nesta ciranda pois, além de preservar sua gestão, sua postura reflete-se como exemplo para que todos os governantes entrem no ano eleitoral credenciados pelo comportamento republicano.

Foram medidas austeras e planejamento rigoroso que fizeram de Mato Grosso do Sul uma das raras exceções entre os estados brasileiros que vêm obtendo fôlego para resistir à conjuntura recessiva. “O país tem 27 estados. Apenas cinco, entre os quais o nosso, lograram atravessar dois anos pagando em dia o funcionalismo. E nós ainda pagamos o melhor salário dos professores”, pontua Azambuja, antes de acrescentar que este avanço foi possível porque cumpriu as diretrizes estratégicas e não permitiu que os interesses político-eleitorais interferissem.

Fonte: MS Noticias