A contaminação de febre amarela em Mato Grosso do Sul está descartada depois que exames do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, descartaram a doença em homem morador de Blumenau (SC) que visitou Bonito em dezembro do ano passado. Também foi descartada a dengue.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recebeu a confirmação e divulgou hoje. O paciente foi diagnosticado com leptospirose, causada por bactéria presente na urina de ratos e outros animais e transmitida principalmente em enchentes. Não foi informado se o homem contraiu essa doença no Estado, quando esteve entre 25 de dezembro e 3 de janeiro.
A suspeita colocava MS na lista de registro de febre amarela. Os estados que têm casos mais graves são São Paulo e Minas Gerais.
A possibilidade de circulação do vírus em Bonito, que é cidade turística, também gerou alerta de autoridades municipais.
“Nós estamos desenvolvendo o trabalho da municipalidade, principalmente na Secretaria de Saúde e eu acredito que não foi aqui que ele adquiriu. Pode ter certeza, porque até agora não foi apresentado nenhum surto aqui em Bonito e nenhum caso até o presente momento”, declarou o prefeito Odilson Soares (PSDB), agora aliviado com a notícia da SES.
“Todos os testes foram realizados fora de MS, uma vez que o paciente começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 15 de janeiro, já em Blumenau. É importante destacar que o catarinense não era vacinado contra a febre amarela”, informou nota do governo do Estado.
O Ministério da Saúde atualizou ontem (9) a lista de registros e o Estado tinha sido retirado dos casos suspeitos.
SURTO
Os casos confirmados da febre amarela no Brasil somam 221, conforme divulgação de ontem do Ministério da Saúde. As suspeitas alcançam 1.112 pessoas e 802 ainda continuam em investigação.
Houve até a quinta-feira 171 óbitos notificados, com 76 confirmados, além de 92 sob investigação e três descartados.
Os registros de mortes são em Minais Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Na Bahia, Rio Grande do Norte e Tocantis tem casos em investigação.
“No total, 9,9 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (4,5 milhões), Espírito Santo (2,5 milhões), São Paulo (1,2 milhão), Bahia (900 mil) e Rio de Janeiro (850 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados”, divulgou a Secretaria de Estado de Saúde, que recebeu aproximadamente 50 mil vacinas.
O último e único caso registrado da febre amarela em MS foi em 2015.
Fonte: Correio do Estado/Rodolfo César