Loja de roupas onde ocorreu confusão fica entre a Barão do Rio Branco e Dom Aquino
Conhecidas entre os clientes pelo jeito direto – ou até grosseiro – de ser, as donas de uma loja de roupas na Avenida Calógeras se envolveram em mais uma confusão na tarde desta quinta-feira (9). Marilene e Magda Murad foram presas depois de brigarem com uma cliente, que queria trocar um produto, e ainda xingarem policiais de “bandidos de farda”.
De acordo com a Polícia Militar, uma cliente, que teve o nome preservado, chamou a corporação depois de tentar trocar, e não conseguir, peças de roupas que havia comprado nesta quarta-feira (8) na loja. As roupas não serviram e a mulher queria escolher outras peças, mas foi impedida pela dona.
Durante a confusão, a cliente chamou a PM, que ao chegar no local diz ter sido recebida com xingamentos e ofensas por parte das donas do comércio.
Conforme a PM, alterada, a dona da loja juntamente com a irmã, que é sua sócia, teria xingado os policiais de “bandidos de farda” e ainda feito ameaças, dizendo que eram poderosas e iriam “dar um jeito neles”.
Diante da situação, os policiais deram voz de prisão às irmãs, que foram encaminhadas à Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), onde devem ser autuadas por injúria, ameaça e desacato.
Outro lado – Em contraponto à versão da polícia, Marilene disse ao Campo Grande Newsque não xingou, nem mesmo ameaçou a cliente ou os policiais. “A cliente foi trocar roupa fora do horário previsto, que é das 11h às 12h, e das 17h às 18h, mesmo assim eu abri uma exceção e atendi ela. Mas a mulher queria trocar o produto dela por outro, o que na loja é proibido. Eu não ofendi ninguém, só disse isso a ela”, conta.
Loja polêmica – Esta não é a primeira vez que a loja das irmãs Marilene e Magda estão envolvidas em “polêmicas”. Em 2011, o Campo Grande News mostrou que, apesar de estar sempre cheias de clientes, a loja não é exemplo de atendimento.
Na época, ao conversar com a empresária, a impressão que o Lado B teve foi de que na loja, cliente nunca tem razão e é um incomodo, uma antítese ao que prega todo marqueteiro famoso. “Vender para pobre é complicado, eles acham que R$ 10 é dinheiro”, reclamava a mulher.
As vendedoras, com ar de assustadas, andavam de um lado para o outro, sempre com os olhos arregalados. “Tem sempre alguém roubando”, justificava uma das donas da loja.
Além disso, conforme a polícia, as duas irmãs respondem a várias denúncias por injúria, ameaça e até racismo.
Questionada, Marilene diz que não é nada disto, e que, na verdade, é vítima: “Sofre bulling em Campo Grande. Estou até vendendo a loja e acho que vou mudar para o Paraguai. Porque tudo aqui é com nossa loja. As pessoas tem inveja da gente. Mas é assim mesmo, prego que se destaca é martelado”, diz.
Fonte: Correio do Estado