Para 1.800 km em 3 dias, desafio de corredor é aduanas sem parada
Por Redação Publicado 29 de julho de 2016 às 13:47

Caminho livre até o Chile pode exigir investimento global de 100 milhões de dólares

Cruzar 1.800 quilômetros em três dias, passar por quatro países e fazer do Oceano Pacífico um “atalho” para a China. Os planos superlativos da Rota Bioceânica, tema de seminário em Campo Grande, dependem de um modelo de aduanas sem parada. Ou seja, caminho livre do Brasil até o Chile, que pode exigir investimento global de até 100 milhões de dólares em infraestrutura e tecnologia.

“A dificuldade é essa. Normalmente, em cada passagem de fronteira, há uma aduana de saída e uma de entrada, que vão fazer a certificação, a confirmação de que a carga saiu do território do país e entrou no outro ponto”, afirma o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, Ronaldo Lázaro Medina.

No modelo vigente, seriam ao menos sete pontos de fiscalização. Um no Brasil e dois em cada um dos demais países: Paraguai, Argentina e Chile.

“Na verdade, toda complexidade acontece não no país de saída nem no de chegada, mas nos países de passagem, que precisam realizar controle para se certificar que a mercadoria apenas só passou pelo seu território, evitando a importação irregular, falta de recolhimento de impostos”, salienta Medina.

Ele relata que há três semanas a questão foi discutida com diretores de aduanas dos quatro países. “A nossa intenção é usar a tecnologia para evitar que a carga tenha que ser parada, estamos falando de possível utilização de lacres inteligentes na carga, controle de passagem por câmeras e leitores OCR de de placas e números de contêineres. São câmeras com software que conseguem ler a placa ou numero de contêiner”, explica o subsecretário da Receita.

Fonte:Campo Grande News