Revista também mostra suposta bomba causou a queda do avião russo no Egito
BAGDÁ — O Estado Islâmico anunciou nesta quarta-feira a execução de dois reféns, um chinês e um norueguês, depois de exigir resgate há dois meses. A informação foi veiculada na edição mais recente da revista do grupo, Dabiq, que contém uma foto que parece mostrar os corpos das vítimas com os rostos ensaguentados. Além disso, a publicação também apresenta uma imagem da suposta bomba que causou a queda do avião russo que caiu no Sinai no final de outubro.

“Executados depois de abandonados pelas nações e organizações kafir (que significa infiel em árabe)”, diz a publicação, na edição de número 12.

Anteriormente, o grupo identificou o norueguês como Ole Johan Grimsgaard-Ofstad, de 48 anos, de Oslo. O chinês seria Fan Jinghui, de 50 anos, consultor independente de Pequim. A revista, no entanto, não revela quando eles foram capturado pelos extremistas. O número anterior havia dito que os dois estavam “à venda” e pedia resgate pela libertação deles.

O grupo também revelou nesta edição da revista a imagem da suposta bomba que eles alegam ter derrubado o avião russo na península egípcia do Sinai, matando as 224 pessoas a bordo. O explosivo aparece na imagem ao lado da legenda: “Exclusivo: imagem do IED (Artefato explosivo improvisado) usado para derrubar o avião o avião russo”. Não foi possível identificar a autenticidade das imagens.

O EI, que tem um braço na península do Sinai, já havia reivindicado responsabilidade pela queda do avião, que decolou do balneário de Sharm El-Sheik com destino a São Petersburgo, na Rússia. Mas agora, eles também dizem ter encontrado falhas de segurança no aeroporto egípcio e afirmam que o plano inicial era derrubar um avião de um país ocidental, mas houve mudança de alvo após a Rússia lançar ataques na Síria.

Fonte: O Globo