PSDB e DEM dizem em nota não reconhecer autoridade moral de Dilma
Por Redação Publicado 15 de outubro de 2015 às 12:28

Para partidos de oposição, Dilma ‘quebrou o país para vencer eleições’.
Em discurso, Dilma criticou quem chamou de ‘moralistas sem moral’.

Nota conjunta divulgada na noite desta quarta-feira (14) pelo DEM e pelo PSDB afirma que a presidente Dilma Rousseff “quebrou o país para vencer as eleições” e diz não reconhecer que ela tenha “autoridade moral”.

Em discurso no Congresso da Central Única dos Trabalhadores na noite desta terça-feira, Dilma disse que a oposição tenta chegar ao poder por meio de “golpe” e busca “construir de forma artificial o impedimento de um governo eleito”. No discurso, ela criticou o quem chamou de “moralistas sem moral” e indagou sobre quem teria biografia para atacá-la.

“Não reconhecemos autoridade moral na presidente da República que quebrou o país para vencer as eleições e retirou mais de um milhão de empregos das famílias brasileiras e que assistiu passivamente a nossa maior empresa pública ser assaltada em benefício do seu projeto de poder”, diz a nota da oposição.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, mas até a última atualização desta reportagem o Palácio do Planalto não havia se manifestado.

Os partidos opositores também declararam na nota que a presidente “continua mentindo”. “Não reconhecemos autoridade moral na presidente que mentiu para vencer as eleições e continua mentindo para se manter no poder”, conclui o texto.

Conforme informou o Blog do Camarotti nesta terça-feira, a oposição decidiu entrar com novo pedido de impeachment no Congresso Nacional da presidente Dilma Rousseff. Eles desistiram de fazer aditamento a pedidos que já estavam em tramitação e decidiram apresentar novo documento.

A diferença agora é que os oposicionistas pretendem incluir no pedido de impeachment referências às chamadas pedaladas fiscais, prática de atrasar repasses a bancos públicos, do ano de 2015. Os pedidos anteriores tratavam somente das pedaladas de 2014. Representação do Ministério Público encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU) na última quinta-feira (8) afirma que a prática continuou sendo adotada pelo Executivo também em 2015.

Na semana passada, o TCU aprovou parecer pela rejeição das contas do governo de 2014 por conta de irregularidades como as pedaladas. Como se tratam de falhas em mandato anterior, existe discussão no meio jurídico sobre se a punição deve afetar o atual mandato presidencial.

Fonte: G1