EMPRESAS FARIAM BEM EM MANTER POLÍTICAS CORDIAIS COM ANTIGOS FUNCIONÁRIOS
Estatísticas mostram que a permanência num emprego é cada vez menor. Nos Estados Unidos, a média em empresas como Amazon e Google não passa de um ano. Isso pode ser ou não sinal de vitalidade do mercado, mas certamente significa, para quase todo empresário, fator de apreensão e aborrecimento. Com razão ou não, ex-funcionários costumam ser vistos como perigosos em várias frentes. Uma é a das ações trabalhistas. Outra é a do eventual tráfico de informações internas. E a terceira é a possibilidade de difamação por parte do profissional que se foi. Neste caso, há empresas americanas que processam o difamador e exigem um pedido de desculpas público.
Pode dar resultado, mas é combater fogo com fogo, contribuindo para o ressentimento mútuo. Um professor da escola europeia de negócios Insead, Gilles Hilary, e o consultor de marketing Varun Mittal defendem uma mudança geral de procedimentos: emitir sinais de paz com uma política de demissão semelhante à de admissão. Ou seja, passar a considerar os ex-funcionários como parte de uma comunidade vitalícia de colaboradores. Claro, é preciso oferecer benefícios.
A consultoria McKinsey faz isso na forma de um cadastro que dá acesso a eventos patrocinados, fornece informações internas que podem interessar aos ex-funcionários sem prejudicar a empresa e participação numa base de currículos recomendados. Isso tudo diminui os riscos de rancor e retaliações, e faz bem para os dois lados.
Fonte: Época Negócios