UM TAPINHA NO OMBRO PODE TER UM EFEITO POSITIVO. MAS, CUIDADO: É PRECISO ENTENDER A CULTURA LOCAL PARA NÃO DAR VEXAME
Que o toque corporal tem um valor psicológico e mesmo simbólico importante já se sabe. Agora, graças à ciência, podemos quantificá-lo. Um estudo da NBA, por exemplo, mostrou que jogadores de basquete que repetiam rituais de cumprimentos na quadra antes das partidas obtinham melhores resultados e integração da equipe ao longo da temporada. No ambiente de trabalho, um tapinha no ombro, por exemplo, pode ter um efeito positivo no desempenho da pessoa, segundo David J. Linden, neurocientista da Johns Hopkins University e editor do Journal of Neurophysiology. Isso porque, além de reforçar um sentimento de comunidade e união, esse gesto libera a oxitocina, hormônio que reduz fobias sociais ao ativar regiões cerebrais responsáveis por emoções, explica Linden.
Outros estudos mostram que um aperto de mãos antes de uma reunião facilita a comunicação entre os participantes, assim como cria maior confiança. E mais: segundo pesquisa do jornal Psychological Science, esse toque entre mãos, em vez de espalhar germes (como alguns podem temer), reforça o sistema imunológico em 32%, graças à sensação de segurança transmitida. O grande desafio é que em algumas culturas os toques podem ser considerados abusivos ou mesmo assediadores – como os beijos normalmente trocados entre homens na Arábia Saudita ao se cumprimentar –, daí a necessidade de adaptar essa prática a cada contexto local. A empresa precisa, portanto, conhecer a personalidade de seus colaboradores para estabelecer uma fronteira segura do toque corporal e obter os melhores resultados.
Fonte: Época Negócios