Primeira-dama é presa por receber aposentadoria de idoso por mais de 2 anos
Por Redação Publicado 17 de julho de 2015 às 11:39
Primeira-Dama Cláudia Batista e o prefeito Vagner Gomes Vilela reprodução Facebook

Além da primeira-dama, diretora de Ceinf também foi detida pelo mesmo crime

A primeira-dama e Secretária de Assistência Social de Jaraguari, distante 47 quilômetros da Capital, Claudia Batista de Oliveira Vilela, foi presa na tarde de ontem (16) por suspeita de reter cartão de benefício e receber, durante dois anos e quatro meses, a aposentadoria de um idoso de 88 anos. Além da primeira-dama, a diretora de um Centro de Educação Infantil (Ceinf) da cidade também foi presa pelo mesmo crime.

O delegado substituto da cidade, Antenor Batista, explica que uma denúncia chegou até a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE) dando conta de que idosos hospedados no Lar da cidade estaria sofrendo maus-tratos. Outra denúncia dava conta de que os cartões de aposentadoria dos idosos não estavam com eles.

Chegando lá, no fim da manhã de ontem, a polícia conversou com os idosos e descobriu que um homem de 88 anos, há dois anos e 4 meses, estava com o cartão retido. Segundo relatos dele e de funcionários do Lar, a primeira-dama da cidade recebia a aposentadoria no lugar do idoso.

A mesma situação foi identificada com outro idoso, só que no caso dele a responsável era a diretoria do Ceinf da cidade, identificada como Salete. Ela estaria praticando o crime há dois meses.

Diante da situação, equipes da polícia fizeram buscas na cidade e encontraram Claudia e Salete. As duas confessaram o crime, mas afirmaram que sacavam o dinheiro com intenção de comprar roupas e medicamentos para os idosos.

As duas foram presas e encaminhadas para a delegacia da cidade. Questionada, a primeira-dama afirmou que os valores sacados somaram R$ 24 mil. Com ajuda de funcionários da prefeitura, Claudia chegou a devolver ao delegado R$ 10,7 mil. Mesmo assim, foi detida.

As duas pagaram fiança, a primeira-dama no valor de R$ 6,3 mil e a diretoria do Ceinf no valor de um salário mínimo, e foram liberadas no fim da noite de ontem (16).

O caso segue sob investigação.

Fonte:ALINY MARY DIAS/Correio do Estado