SUS passa a oferecer transplante de medula para tratar pacientes com anemia falciforme
Por Redação Publicado 2 de julho de 2015 às 21:56
Doença atinge, na maioria, a população negra (Foto: Thinkstock)

Doença se manifesta, na maioria das vezes, após os seis meses de vida do bebê e apresenta mortalidade precoce

Doença atinge, na maioria, a população negra  (Foto: Thinkstock)

Doença atinge, na maioria, a população negra (Foto: Thinkstock)

Os pacientes que sofrem de anemia falciforme têm agora uma nova opção de tratamento. O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de incorporar o transplante de células-tronco hematopoéticas entre parentes a partir da medula óssea, de sangue periférico, ou de sangue do cordão umbilical como formas de tratar a doença. A medida foi publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União, na última quarta-feira (1).

De acordo com o Ministério, estudos demonstram um aumento na sobrevida de dois anos em 90% dos casos transplantados. “É uma arma a mais para ajudar no combate à doença e no tratamento dessas pessoas”, destaca o coordenador-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.

A partir da publicação, o Sistema Nacional de Transplantes tem até 180 dias para incluir a anemia falciforme em seu regulamento técnico. O procedimento é indicado para pacientes que se encaixem em critérios especificos.

Anemia falciforme

Estima-se que 25 mil a 50 mil pessoas tenham a anemia falciforme no Brasil. A doença, que atinge, na maioria, a população negra, costuma se manifestar a partir dos seis meses de vida do bebê, sendo o “Teste do Pezinho” a melhor forma de diagnóstico.

A anemia falciforme possui alta morbidade e mortalidade precoce. Os principais sintomas são: anemia crônica, icterícia, mãos e pés inchados, dor intensa nos punhos e tornozelos (principalmente até os dois anos de idade), crises de dores em músculos, ossos e articulações.

O transplante tem sido uma reivindicação de movimentos sociais como uma possibilidade de contribuir com a melhoria de qualidade de vida dos portadores da doença e, até mesmo por se tratar, atualmente, da única possibilidade de cura. O tratamento também é feito por meio de vacinação e penicilina nos primeiros 5 anos de vida, uso regular de ácido fólico, medicamentos para dor, uso de medicamentos (hidroxiuréia) e, em alguns casos, transfusões de sangue de rotina.

Fonte: Revista Crescer