Em novo DVD Luan Santana incorpora estilo de Elvis Presley
Por Redação Publicado 5 de junho de 2015 às 14:30

Chegou ao mercado no mês passado o novo CD e DVD de Luan Santana, “Acústico”, com distribuição da Som Livre. Gravado em dezembro, em São Paulo, com direção artística de Joana Mazzucchelli e produção musical de Dudu Borges, o repertório reúne 20 faixas, sendo 10 regravações de sucessos (como “Meteoro”, “Te Esperando”, “Cê Topa”, “Te Vivo”) e 10 inéditas, entre elas o single “Escreve Aí”, cujo videoclipe já ultrapassa 29 milhões de views no YouTube. A novidade no projeto, mais visual do que sonora, é o mergulho na atmosfera dos anos 60. Imagens, acessórios de cena e figurinos remetem ao período, quando Elvis Presley e Beatles eram ícones da música e da cultura pop mundiais. Esse mesmo clima e energia Luan trouxe para seu novo show, que estreou no final de março em São Paulo. “A apresentação é bem parecida ao que se vê no DVD. Claro que poderemos fazer algumas adaptações ao longo da tour, dependendo do local do show. Mas tentaremos sempre levar ao público aquele clima do dia da gravação do ‘Acústico’”, diz o artista. A seguir, ele fala um pouco mais do CD, DVD e do novo show.

SUCESSO! – Fale da concepção do CD/DVD Acústico. Ele visa reforçar a ideia de transformação em sua carreira, posicionando-o como ídolo adulto?
Luan Santana – Não existe esse tipo de intenção. O processo é natural: eu amadureci, hoje sou um homem na imagem e no som. E é óbvio, natural mesmo, que o trabalho siga a minha realidade, minha identidade. Mas com a essência de sempre, a do romantismo. Meu público cresceu comigo, também amadureceu. Mas percebo em meus shows a presença de pessoas de todas as idades. Canto para todos, quero que a minha música toque o coração das pessoas. Não gosto de rótulos, porque não sou um produto criado. Sou um cantor, que tem a música na alma. Sobre o CD/DVD, todo o conceito começou na verdade numa sonoridade e identidade visuais voltadas aos anos 60, principalmente a Elvis Presley e Beatles. A ideia surgiu numa viagem que fiz para Las Vegas (EUA), com o Dudu Borges e o produtor Fábio Fakri (F.S. Produções), justamente para buscar inspiração e conceber o projeto. O produtor sugeriu a temática dos anos 60 e todos nós compramos a ideia.

Realmente a parte visual, cenográfica, tanto do DVD quanto do novo show ficaram bem fieis à atmosfera romântica da década de 60…
É verdade. Sempre fui apaixonado pelo som e pela magia dessa época. Tem um “q” de romântico como em nenhuma outra. Foi um desafio lembrar dessa década na questão sonora, ainda mais em se tratando de um projeto pop sertanejo. O que fortalece esse conceito, com certeza, é a orquestra de cordas, sopros e metais, que somou demais para o projeto. A gente se inspirou muito no Elvis e nos Beatles… Até o filtro usado nas imagens remete àquela época. Tem uma abertura no DVD, tipo um filminho, com cenário antigo, imagem de um cinema típico dos anos 50 e 60, em que tudo é inserido… Acho que a galera vai conhecer um pouco daquele período e se apaixonar pela magia que retratamos no projeto.

Fale sobre o repertório, que mescla inéditas e gravações. Qual foi o critério de escolha? E em termos de arranjos e gravação, quais os diferenciais?
Coloquei todas as músicas novas no show. Pelo conceito diferente do projeto, com metais, orquestra, a gente tinha que dar essa cara para a apresentação. Nas faixas antigas, inseri novas roupagens. Boa parte delas vem com uma introdução feita pelo trio de backing vocals, remetendo aos sons do período que nos inspirou.

Além do primeiro single “Escreve Aí”, que outras faixas você considera radiofônicas e com chances de serem trabalhadas na sequência?
Acredito muito em “Cantada” (minha e do Dudu Borges) e “Chuva de Arroz” (nossa com o Jorge, da dupla com Mateus). São músicas que já caíram no gosto do público, desde a gravação do DVD. E nos shows a resposta a elas tem sido muito boa. Sem falsa modéstia, a exemplo do DVD “O Nosso Tempo é Hoje” (de outubro de 2013), que emplacou seis faixas entre as mais executadas do país, acredito que este acústico vai ter pelo menos cinco estouradas.

Fale sobre figuras importantes envolvidas no processo como Dudu Borges, Joana Mazzucchelli e Bruno Caliman.
Dudu é o cara que transforma meus sonhos em sons, sabe tudo o que gosto, é criativo, inteligente. Ele montou o time, buscou do maestro aos músicos. No seu estúdio, o VIP, a gente viaja no tempo, volta ao passado de olho no futuro, cria, recria e faz nascer as ideias em forma de música. A Jojo (como carinhosamente chamo a Joana), tem um olhar artístico fora do comum. É muito mais que diretora. Sabe conduzir cada profissional envolvido, tem ideias mirabolantes… A gente tem uma química que pode ser percebida no resultado deste DVD. O Bruno, autor de “Escreve Aí”, é um dos maiores poetas dos tempos modernos. O lance do estalar de dedos já virou uma marca entre eu e meus fãs. Tem ainda o músico e produtor César Lemos que, por acreditar no projeto, veio dos Estados Unidos para participar desta gravação.

Você pretende adotar algum tipo de estratégia nos shows, aparições na mídia e relacionamento com os fãs visando não perder a imensa legião de admiradores teens?
Tem muita gente que cresceu comigo – isso é bem bacana. Mas na verdade, meu público engloba todas as idades, incluindo os teens. A gente faz um trabalho grandioso na TV, internet, revistas e rádios para poder divulgar cada novo trabalho e cada ação em que me envolvo. Uma vez por ano realizo uma ação especial com as fãs, em geral um encontro. Não há estratégia voltada apenas aos adolescentes, tudo é feito pensando no público como um todo.

Está confortável com o fato de a música romântica (desde sempre sua referência maior) ter voltado com força às paradas?
A música romântica enquanto gênero nunca esteve fora das paradas. O que se dá atualmente é um boom da música sertaneja com essência romântica. Todos os artistas e duplas que bebem desta fonte estão com suas canções entre as mais tocadas.

Pode citar alguns artistas que estão entre suas grandes referências profissionais e comentar o que pensa sobre cada um deles?
Claro. Zezé Di Camargo & Luciano fazem parte da minha história. A primeira música deles que cantei, aos 3 anos, foi “Muda de Vida”. Meu pai e, em especial, minha mãe gostam muito de ZC&L. Cresci ouvindo os dois. Milionário & Zé Rico são para mim a melhor dupla que já existiu. Sempre escutei seu repertório. Acho que todos nós, mais jovens, já bebemos dessa fonte. Roberto Carlos, o Rei, dispensa comentários. Tive a honra de participar do seu especial na TV Globo no ano passado. Tem o Keith Urban, que faz country com levada pop. Me inspiro nele pois não gosto de rótulos. Também adoro o Coldplay. Sempre busco referências no que essa banda faz. Me inspirei totalmente no seu show para conceber o DVD “Nosso Tempo é Hoje”.

Que artistas não sertanejos você costuma ouvir quando tem tempo?
Adoro o Bruno Mars. Ele não faz nada parecido com o que tem por aí, sempre faz trabalhos diferentes. Como já mencionei, acho o Coldplay o máximo, porque está sempre inovando. Tenho todos os DVDs da banda e os shows dela são os melhores que existem. Acho o Justin Timberlake um artista de mil e uma utilidades. Ele é completo: ator, cantor, dança bem… Meu sonho era ser como ele. Vale citar de novo o Keith Urban, pelo estilo country e pelo repertório. Também me identifico muito com o estilo do Ed Sheeran, cantor britânico romântico que, como eu, tem 24 anos.

Você é um dos artistas que mais vendem produtos no mundo virtual – sua loja é um fenômeno. Você ajuda a criar as peças? Ajuda a promover postando novidades nas redes? Mais: estes produtos também são vendidos em lojas físicas ou só na internet?
Eu sempre procuro participar de tudo. Eu e minha equipe fazemos muitas reuniões para aprovar a criação de novos produtos e as ações promocionais a serem realizadas. Os produtos são apenas para venda na internet. Temos equipes na LS Produções e uma empresa de propaganda que cuidam diretamente da minha marca.

Fonte: Portal Sucesso/por Gilmar Laurindo