"8 em 35": Barrios brilha com número da sorte no Palmeiras e cala o Maraca
Por Redação Publicado 17 de setembro de 2015 às 12:10

Após apresentação apática na primeira etapa, Palmeiras contou com atuação inspirada do atacante. Ele entrou aos 15 minutos do segundo tempo para golear o Flu

Recuperado de uma lesão muscular na coxa esquerda, Lucas Barrios voltou a ser relacionado pelo técnico Marcelo Oliveira após três rodadas fora do time. E, para embalar com a camisa palmeirense, o atacante contou com um aliado fora de campo: a camisa número 8 que o acompanhou durante grande parte da carreira e que foi vestida pelo paraguaio pela primeira vez no Verdão diante do Fluminense – a 10 foi para Cleiton Xavier.

Coincidência ou não, Barrios saiu do banco de reservas na segunda etapa e roubou a cena do duelo, transformando toda a apatia alviverde em euforia. Dunga, nas tribunas do Maracanã, acompanhou a exibição de gala e deve ter lamentado não poder contar com o argentino naturalizado paraguaio. Confira em oito tópicos porque a torcida do Palmeiras, após 35 minutos de uma atuação perfeita, pode confiar no atacante paraguaio.

Barrios entrou na partida aos 15 minutos do segundo tempo, momentos antes de Fred desperdiçar cobrança de pênalti. Depois do erro do atacante tricolor, o atacante palmeirense começou a viver o seu primeiro grande dia como protagonista do Verdão. E com a camisa 8.

Com oito minutos em campo, Barrios mostrou que todo bom atacante precisa ser oportunista e também contar com um pouco de sorte. Após cruzamento da direita, Gabriel Jesus acabou se atrapalhando sozinho na hora da finalização. Bem posicionado, o paraguaio aproveitou a “assistência” do companheiro para bater cruzado e empatar o jogo.

A torcida palmeirense ainda comemorava o empate no Maracanã quando Barrios apareceu novamente com perigo na área. Dois minutos após o primeiro gol, o camisa 8 ganhou pelo alto e cabeceou com perigo no canto esquerdo. Desta vez, porém, Diego Cavalieri fez boa defesa e salvou o Fluminense. Mas a virada palmeirense era questão de tempo…

Barrios entrou na vaga de Alecsandro e, teoricamente, desempenhou a mesma função tática no setor ofensivo palmeirense. Mas, com mais mobilidade, o paraguaio procurou o jogo e foi mais participativo. Tanto que ele passou a ser alvo de faltas e uma marcação mais forte por parte dos tricolores. Na primeira etapa, o Verdão pouco criou e foi para o intervalo com apenas uma finalização.

Com o gol marcado por Gabriel Jesus, aos 30 minutos do segundo tempo, o Palmeiras jogou a responsabilidade para o Flu. Em crise, o adversário sentiu a pressão e não teve força para pressionar o Verdão. Para ajudar, Barrios cumpriu seu papel no ataque e tentou segurar o jogo, dando mais posse de bola aos comandados de Marcelo Oliveira.

Após uma disputa pela esquerda do ataque palmeirense, Barrios caiu fora de campo reclamando de dores. Ele retornou para o gramado e mostrou seu poder de decisão ao se aproveitar de furada de Antônio Carlos. O camisa 8 avançou, cortou para dentro e bateu rasteiro sem dar chances ao goleiro Diego Cavalieri.

Gabriel Jesus é a grande sensação do Palmeiras. E tem tudo para formar uma boa dupla ao lado de Barrios. Em 35 minutos juntos no Maracanã, os dois foram peças importantes em todos os gols do Verdão contra o Fluminense. Depois de uma jogada nada ensaiada no primeiro gol, Gabriel Jesus deu passe na medida para Lucas Barrios fechar o placar no Maracanã.

Na terça-feira, após um bate-papo com Cleiton Xavier, Barrios resolveu vestir a camisa 8 durante o treinamento do Verdão na Academia de Futebol. Um acordo com o companheiro fez com que os dois mudassem de uniforme – a 10 agora será utilizada pelo meia. Depois da vitória no Maracanã, o paraguaio destacou a importância do triunfo fora de casa e falou sobre a nova fase.

– Sempre joguei com a número 8. Eu gosto desse número, joguei em muitos lugares. O importante é que a equipe ganhou, estamos brigando pelo G-4. Importante voltar a ganhar na casa do Fluminense, no Rio. É a camisa que eu gosto de jogar. Sempre falei que o oito é meu número, mas isso é um trabalho em equipe e não apenas meu.

Fonte: ge