A Polícia Federal realiza desde as primeiras horas desta terça-feira (28), a Operação All In desarticulando organização criminosa que seria responsável pelo tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Só pela manhã os federais haviam cumpridos 50 mandados em seis estados brasileiros, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás.
Ainda foram 28 mandados de prisão cautelar, 25 de busca e apreensão, e sete mandados de condução coercitiva.A droga era distribuída na região sudeste do país por via terrestre depois de ser introduzida em território brasileiro, através de aeronaves. Os policiais cumpriram nesta terça-feira o sequestro de seis aeronaves, cinco imóveis e ainda um aeroporto particular.68 contas bancárias foram bloqueadas e mais de 35 veículos apreendidos.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Polícia Federal o patrimônio da quadrilha era de R$ 7 milhões e 500 mil. Durante as investigações três integrantes foram presos transportando mais de 800 quilos de cocaína vinda da Bolívia.Entres os presos na ação está o líder do grupo criminoso especializado em tráfico internacional de drogas e principal alvo, Gerson Palermo (59), preso em residência no Jardim Antártica, em Campo Grande. Na mesma casa também foi presa uma mulher.
Palermo já foi condenado mais de quatro vezes pelo crime de tráfico e a maior parte do tempo morou em Campo Grande. Ele também foi responsável por sequestrar um Boeing 737-200 da Vasp há 17 anos, em que Palermo e sete comparsas sequestraram aeronave, com 61 passageiros, do trajeto Foz do Iguaçu/PR para São Luís, no Maranhão. O Boing foi desviado para pista de Londrina, no Paraná e os assaltantes roubaram R$ 5 milhões que estavam no compartimento de cargas tendo o bando fugido em seguida. Preso dias depois em São Paulo, na época ele cumpria pena em regime domiciliar, com residência na Avenida Tiradentes em Campo Grande.
OPERAÇÃO ALL IN
A operação foi batizada de “All In”, jogada típica do Poker em que o jogador aposta todas as suas fichas em uma mão de cartas, em alusão à forma impetuosa com que a quadrilha desenvolvia suas atividades, arriscando-se no transporte de grandes carregamentos de entorpecentes.
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